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Maior consumo de gas diminui poluicao

JB, Pais, p.A2
05 de Nov de 2004

Maior consumo de gás diminui poluição
O desenvolvimento sustentado da economia brasileira requer taxas de investimentos superiores à atual. Essa foi uma das conclusões dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2004, divulgados, ontem, pelo IBGE. Nos últimos 11 anos, a taxa de investimento em relação ao PIB ficou praticamente estável, variando entre 18,42% do PIB em 1992 e 18,04% do PIB.
- São taxas baixas para países em desenvolvimento - disse o técnico responsável pela análise das informações econômicas dos IDS, Flávio Bolliger.
O ideal para economias como a brasileira, conforme reiteram os economistas, gira em torno de 25% do PIB.
Outro indicador apurado pela pesquisa do IBGE foi relativo ao comportamento da demanda por energia e à participação da energia renovável na matriz brasileira. Houve uma queda da participação relativa da fonte renovável em relação ao consumo total, basicamente em função da operação das termelétricas.
Em 2002, 41% da energia do país eram provenientes de fonte renovável (em 92 representava 47,5% do total) e 59% de fonte não renovável (em 92 era 52,5%). O consumo de gás, nesse período, saiu de 3,5% para 7,5%.
- O gás é uma fonte de energia limitada, pode acabar, mas reduz a poluição - disse o coordenador da pesquisa no IBGE, Wadih João Scandar Neto.
Na área social, a maior parte dos indicadores é positiva, apesar do ritmo lento de crescimento do nível de escolaridade. Caiu o número de internações motivadas por um grupo de doenças relacionadas à falta de saneamento. Em 1993, houve 730 internações por 100 mil habitantes, enquanto em 2002 houve 375 por 100 mil habitantes.
- Isso reflete a melhora na rede básica de saneamento - disse Scandar.
O coeficiente de mortalidade por homicídios é um dos poucos que apresentou piora nos resultados. Em 1992, houve 19,21 mortes por homicídios em cada 100 mil habitantes. Em 2002, foram 27,84 em cada 100 mil habitantes, refletindo o crescimento da violência no país. (M.M.)

JB, 05/11/2004, p. A2

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