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Autor: Nathália Clark
18 de Mai de 2011
Os líderes partidários da Câmara dos Deputados só conseguiram chegar a um acordo para o dia da votação do Código Florestal na tarde desta quarta-feira (18). Reunidos na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural com o relator do projeto, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a bancada ruralista e a oposição tentavam colocar o texto na pauta da Casa ainda hoje, mas concordaram em deixar para a próxima terça-feira (24) a votação no Plenário.
Fazia parte da negociação o fim da obstrução da oposição às medidas provisórias, principalmente a MP 517/10 e a MP 521/10, que são prioridades do Governo Executivo. O deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB, disse em coletiva que até terça à noite o governo terá tempo para negociar os ajustes necessários no texto do relator.
Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), "A oposição já declarou guerra. A forma como atuam líderes da oposição é inaceitável". Vaccarezza esteve reunido na manhã desta quarta-feira com os líderes dos partidos da base aliada. Os partidos de oposição não compareceram ao encontro.
Tentativas oposicionistas
No momento, eles também estavam reunidos tentando fechar um acordo para que a votação da noite de hoje tivesse na pauta primeiro o Código Florestal, depois a MP 517/10. No começo da tarde, o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), integrante da Frente Parlamentar da Agropecuária, chegou a afirmar que só faltava o PMDB para selar o acordo. Mas, como afirmou há duas semanas o líder do PT, Paulo Teixeira (SP), "o trem do governo é pesado".
Na noite de terça (17), o líder do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto, insistiu em apresentar um requerimento pedindo uma sessão exclusiva para a votação do Código. "Os deputados que forem contra a votação estarão dando um sinal de que não têm compromisso verdadeiro com esse tema. Se deixarmos o governo passar por cima votando MPs, nossos mandatos vão valer cada vez menos", ressaltou.
O líder governista, no entanto, disse que a intenção do Democratas "é impor uma derrota ao governo, e não aprovar o código". Ao explicar o adiamento da votação na semana passada, Vaccarezza afirmou que o governo "diverge frontalmente das emendas da oposição".
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