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Laudo vai apontar se área da usina no Xingu 'é ou não sagrada'

Midianews-Cuiabá-MT
17 de Nov de 2004

Uma comissão composta pela Funai, Fema e a empresa proprietária da PCH II (Pequena Central Hidrelétrica) que está sendo construída no rio Coluene - um dos principais afluentes do Xingu - vai definir os critérios que nortearão a elaboração de um laudo antropológico que defina realmente o que significa aquela região para os índios que habitam o Parque Nacional do Xingu.

A apresentação desse laudo é urgente, porque as obras da usina foram suspensas até que se firme uma posição. A decisão foi tomada durante reunião realizada nesta quarta-feira no Palácio Paiaguás, da qual participaram o governador Blairo Maggi, representantes do Governo, da Funai e do Ministério Público Federal.

Em reunião no último sábado em Canarana (823 km a Leste de Cuiabá) num encontro que contou com a presença do governador, líderes do Xingu afirmaram que no local onde está sendo erguida a usina nasceu o Quarup, festa religiosa em que os índios homenageiam seus mortos.

"Eu disse aos líderes que até aquele momento eu desconhecia essa questão cultural", revelou Maggi. Nesta reunião, houve uma tentativa da parte de alguns índios de impedir a saída do local do governador Blairo Maggi e da primeira-dama e da secretária do Trabalho, Terezinha Maggi. A questão foi contornada, mas o clima ficou tenso.

O local em que a barragem começou a ser construída em setembro fica a 94 quilômetros do Parque Nacional do Xingu, que foi criado pelo Governo Federal em 1961.

O custo da PCH II é orçado em R$ 140 milhões e até agora já foram investidos R$ 29 milhões

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