VOLTAR

Jovens promovem oficinas sobre sexualidade em zona indígena do México

Adital - http://site.adital.com.br
06 de Set de 2013

Com o objetivo de eliminar os casos de gravidez precoce entre a população feminina da comunidade indígena de San Juanico, situada no estado de Hidalgo, no México, a Rede pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no México está promovendo nas escolas da região oficinas sobre direitos sexuais e reprodutivos. A ideia é desmistificar da mente de meninas, adolescentes e jovens mulheres o pensamento de que elas existem apenas para dar filhos a seus companheiros.

Segundo Liliana Hernández Paulino, facilitadora das oficinas, o trabalho é para que elas sejam dinâmicas para que os alunos se interessem pelo tema. São usados materiais como cartazes e folhetos, que abordam temas que geralmente causam a timidez dos jovens em perguntar para os pais ou mesmo para seus professores, como métodos contraceptivos, doenças sexualmente transmissíveis e outros assuntos do gênero.

O projeto acontece em um estado que ainda possui altos níveis de marginalidade e de povos indígenas que se encontram em extrema pobreza e que sofrem com a falta de políticas públicas e de uma articulação de redes que enfrentem os problemas de desenvolvimento, a violência no namoro e a gravidez na adolescência, esta última agravada pelo fato de que muitas mães indígenas pensam que não há outra forma de viver que não seja gerando filhos.

Para Hugo Gabriel, promotor, e que também trabalha na Rede explicou que sua função é trabalhar com os jovens para que eles conheçam seus direitos sexuais e tenham uma melhor qualidade de vida e que entendam que a saúde sexual não é apenas o uso de métodos contraceptivos, mas também o conhecimento e respeito de seu próprio corpo. Já o ombudsman de Hidalgo, Raúl Arroyo González, observou que a entrega de anticoncepcionais é fundamental para as gestações prematuras, porém ela deve fazer parte de uma política mais ampla.

"Deve haver compromisso por parte dos gestores das políticas públicas, mas se no hospital as jovens são discriminadas essa política não avança. Deve haver mais educação sobre os direitos sexuais e reprodutivos para que as mulheres tenham a percepção dos direitos que elas possuem sobre seus corpos. É de vital importância que esse assunto se mantenha na agenda das prioridades públicas do Estado", enfatizou.

http://site.adital.com.br/site/noticia.php?lang=PT&cod=77462

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.