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Ipaam orienta estudo sobre obra do gasoduto

A Crítica-Manaus-AM
Autor: Valéria Serpa Leite
27 de Mai de 2003

Gasoduto vai transportar para Manaus o gás produzido na base de Urucu, em Coari (AM)

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) encaminhou à Petrobras o termo de referência para que a empresa possa dar início ao Estudo de Impacto Ambiental (Eia) para a instalação do gasoduto Coari-Manaus. O documento dá orientações à companhia sobre itens a serem observados quando da realização do estudo. "O termo indica, por exemplo, o que deve ser observado sobre o clima, a vegetação e a fauna", explicou o presidente do Ipaam, Lúcio Rabelo. Para realizar o estudo, a Petrobras vai contratar uma empresa de consultoria especializada.

Depois de pronto o estudo passará pela análise do Ipaam e, se aprovado, servirá de base para o licenciamento de instalação do gasoduto, fornecido pelo próprio órgão estadual de proteção ao meio ambiente. A previsão do Ipaam é de que isso possa acontecer até outubro. "O Estudo de Impacto Ambiental é demorado. Pedimos à Petrobras que as comunidades por onde o gasoduto vai passar sejam ouvidas", explicou Rabelo.

Segundo ele, no período de elaboração do termo de referência outras instituições foram ouvidas assim como o Ministério Público. Antes de ser encaminhado à Petrobras, o termo oi também submetido à análise da Procuradoria Geral do Estado.

O gasoduto de 417 quilômetros de extensão que a Petrobras pretende construir para ligar o Terminal Solimões (localizado em Coari) a Manaus atravessará os municípios de Anori, Manacapuru e Iranduba, segundo informações da empresa repassadas a A CRÍTICA em março. A obra está orçada em US$ 300 milhões e, segundo dados a companhia, o volume de gás natural a ser transportado será da ordem de 5 milhões de metros cúbicos/dia.

Esse gás, sairá do Pólo Arara, na base petrolífera de Urucu (que também fica em Coari) e já está ligado ao Terminal Solimões por um outro gasoduto de 280 quilômetros de extensão.

Após a construção do gasoduto, a Cigás (que tem como sócia minoritária a empresa baiana CS Participações) vai poder explorar, sob o regime de concessão, o serviços locais de distribuição de gás canalizado.

A CRÍTICA entrou em contato com a assessoria de comunicação da Petrobras em Manaus para saber se o Estudo de Impacto Ambiental já foi iniciado. De acordo com a assessoria, a pauta foi encaminhada para a sede da empresa no Rio de Janeiro mas até o fechamento desta edição não houve resposta.

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