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Índios recebem ajuda depois de protesto

A Tarde-Salvador-BA
Autor: CRISTINA LAURA
07 de Set de 2005

A vida dos índios das tribos Atikun
Bahia e Tumbalalá que moram na região de Curaçá, a mais de 92 km de
Juazeiro, começa a mudar, mais de um mês depois da desocupação do
prédio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no dia 5 de julho
último. Acampados no prédio desde o dia 5 de junho, onde ficaram por
um mês, os índios reivindicavam melhorias na infra-estrutura das
aldeias, assistência médica, carros que pudessem ficar à disposição
das tribos para locomoção de doentes e condições para possibilitar o
plantio com aquisição de equipamentos e sementes.

Mais de 250 famílias das duas tribos estavam vivendo em condições
precárias, sem água potável, sem energia, em casas de taipa,
favorecendo a proliferação de doenças, sem escolas nas aldeias e sem
a presença de médicos, enfermeiros ou dentistas. Todos esses
problemas começam a ser resolvidos, segundo a cacique da tribo
Atikun Bahia, Djanira Silva.

A líder indígena diz que as cestas básicas enviadas pela Funai
voltaram a chegar, são 55 mensais para cada aldeia indígena, assim
como os medicamentos e a assistência médica. Três bombas d'água já
estão a caminho, para possibilitar o plantio, que deve começar ainda
este mês, com milho e feijão; a capineira (área de pasto) está em
andamento para receber os animais, que devem ser comprados pelos
índios com recursos da associação indígena.

- Estamos conseguindo nos refazer e apostamos na vitória, já que a
Funai, a Funasa e até mesmo a Prefeitura de Curaçá estão nos
ajudando a mudar uma realidade que assustava nosso povo - afirma a
cacique.

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