VOLTAR

Índios Kiriri retornam para área que ocupavam em Caldas, MG

G1 (Rio de Janeiro - RJ)
27 de Jul de 2018

Dezoito dos 26 índios que foram despejados após uma ação de reintegração de posse estão voltando às terras que ocupavam desde o ano passado em Caldas (MG). A tribo sofreu uma ação de despejo em abril deste ano porque a Universidade Federal de Minas Gerais (UEMG), dona das terras que eles ocupavam, entrou com pedido na Justiça.

Como forma de ajudar os índios, os moradores do bairro rural Rio Verde, de onde foram expulsos, encaminharam um ofício ao Ministério Público pedindo ajuda para que o Estado e a Fundação Nacional do Índio (Funai) negociem a cessão das terras. Para Carliusa Francisca Ramos, o Rio Verde é o lugar da tribo. "O Rio Verde não saiu de nós. Voltamos para ficar", declara.

A tribo veio de Muquém de São Francisco, no Sul da Bahia para Caldas em março de 2017 e ocupou uma área de 60 hectares no bairro Rio Verde, na zona rural do município de Caldas. Os índios construíram nove casas e passaram a produzir vários produtos. Com o pedido de reintegração de posse, eles emigraram para Patos de Minas, região do Alto Paranaíba.

Segundo o cacique Adenílson de França Santos, as novas terras não eram boas. " Foi uma desilusão porque não tinha como sobreviver lá. Por isso, resolvemos voltar. Como a terra era quilombola, não poderíamos requerer sua posse", lamenta.

O cacique Adenílson diz que terras em patos de Minas não eram boas.

Os moradores de várias cidades da região têm ajudado a tribo com doações, principalmente de roupas e cobertores.

A Funai informou que continua em negociação com o Estado para conseguir uma autorização provisória da universidade para que os índios continuem nas terras próximas ao Rio Verde. A Assessoria de Comunicação da UEMG informou que a liminar de reintegração de posse continua valendo e que considera o caso como invasão de terras.

https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2018/07/27/indios-kiriri-r…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.