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Indígenas acreditam na retirada de invasores da Raposa Serra do Sol

Vermelho
14 de Mar de 2008

Na 37ª Assembléia dos Povos Indígenas de Roraima, dentro da terra Raposa Serra do Sol, que aconteceu de 6 a 10 de março, os indígenas saíram decididos a agir para que a invasão pelos rizicultores desta terra, homologada em 2005, seja concluída definitivamente.

"Estamos acreditando que desta vez vai acontecer a desintrusão", disse o coordenador do Conselho Indígena de Roraima (Cimi), Dionito de Souza. Ele também afirma que os fazendeiros estão tentando provocar uma retirada violenta. "Só lamento, por que eles ficam na cidade e mandam na frente, para defender o bolso deles, as famílias pobres que vivem na periferia", completou.

Segundo Dionito, a Assembléia foi muito importante para fortalecer a organização dos povos de Roraima, apesar das agressões que ocorreram neste período. Diversos pistoleiros ficaram circulando pela região do Surumu, onde aconteceu o encontro. "Chegaram a estourar uma bomba de fumaça perto do local da Assembléia", disse Dionito.

Além desse fato, no dia 8 de março, seis casas de indígenas foram destruídas na comunidade de Mutum, também na terra Raposa Serra do Sol. 20 participantes da assembléia foram para a região. Os indígenas conseguiram deter dois homens que participaram da destruição. Eles disseram trabalhar para um garimpeiro de nome Pedro Gaúcho. "A gente sabe que são ameaças dos invasores tentando nos intimidar, mas a gente não vai se deixar dominar por eles", destacou Dionito.

Os participantes do encontro, no documento final, também declararam sua posição contrária à exploração mineral nas terras indígenas do estado. Eles também denunciaram os problemas de saúde que atingem os povos de Roraima, destacando a situação dos Yanomami que estão sem assistência permanente e do Distrito Sanitário do Leste, onde os equipamentos e veículos estão em estado precário.

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