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Índia detida confirma a participação de caingangues

Zero Hora - http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/
04 de Jun de 2010

As buscas aos cinco homens que atacaram o banco e permanecem soltos continua na região de Gramado dos Loureiros e hoje deve contar com o auxílio de indígenas. Policiais militares faziam ontem barreiras em estradas da região e pelotões inteiros participavam de um pente fino nas matas ao redor da área em que os bandidos teriam se refugiado, após ganhar carona de indígenas. Mas o tamanho da área e a dificuldade de acesso prejudicam as buscas. São 38 mil hectares (24 mil de matas nativas), onde vivem 3,4 mil índios.

O clima na Aldeia Bananeiras é um misto de insegurança e revolta. Rádios ligados nas varandas e ouvidos atentos, os caingangues acompanham a evolução do caso pela imprensa. Acostumado a auxiliar a Polícia Militar em caçadas a bandidos que se refugiam nos 38 mil hectares da reserva indígena, o cacique José Orestes do Nascimento, o Zé Lopes, se vê envolvido de forma próxima com o caso. É que um dos presos é o próprio filho, Marcos Nascimento, 33 anos, que teria confessado à polícia a participação no crime.

O outro preso, Nilson Inácio, 40 anos, mora a cem metros da casa do cacique, e uma ação policial na noite de quarta-feira prendeu em flagrante por tráfico de drogas a mulher dele, Sônia Mara Pinheiro, 27 anos. Na moradia, a polícia encontrou 20 buchas de cocaína, uma quantidade de crack, celulares e outros objetos que podem ligar os dois ao grupo de assaltantes.

Ao ser presa, a caingangue Sônia contou que o marido Inácio deu guarida ao grupo durante os dias que antecederam o crime, guardando coletes à prova de balas, armas e dando pouso aos cinco homens. Na manhã do crime, por volta das 6h, o grupo voltou a passar na casa de Sônia e Inácio, combinando os últimos detalhes. Conhecido na aldeia como "cadeeiro", Inácio cumpre pena por homicídio há seis anos no Presídio de Xanxerê, e há 90 dias ganhou liberdade condicional. Ele se apresentava todos os dias na Brigada Militar para controle da Justiça.

Como os assaltantes circularam pela região durante a semana que antecedeu o crime, a delegada Cínara de Freitas, de Nonoai, acredita que será possível identificar os homens por imagens de câmeras de bancos e empresas de municípios vizinhos, em especial um supermercado onde teriam sido comprados alimentos. Celulares encontrados na casa do indígena Inácio também podem levar à prisão dos homens. Nos contatos entre os integrantes, eles usavam o código de área 51, o que levou a delegada a crer que seriam da Região Metropolitana.

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