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Ibama libera licença para início de operação da usina de Jirau

O Globo, Economia, p. 30
20 de Out de 2012

Ibama libera licença para início de operação da usina de Jirau
Consórcio deve cumprir 32 condições, como manter programa ambiental

DANILO FARIELLO
danilo.fariello@bsb.oglobo.com.br

BRASÍLIA - O presidente do Ibama, Volney Zanardi Junior, assinou ontem a licença para o início da operação da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, uma das maiores em construção no país, com capacidade para abastecer 10 milhões de residências. A obra de R$ 13,1 bilhões, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), "sofreu" com revoltas envolvendo trabalhadores nos seus canteiros, no ano passado, e greves que interromperam os trabalhos. Mesmo assim, o consórcio conseguiu antecipar o cronograma para geração comercial do empreendimento. Em janeiro de 2013, ocorrerá a segunda etapa de enchimento do reservatório, atingindo a cota de 84 metros e permitindo a venda de energia.
A licença de operação impôs ao consórcio Energia Sustentável do Brasil, responsável pelo empreendimento, 32 condicionantes específicas. Entre elas, a manutenção dos programas ambientais da fase de construção, somados aos programas já previstos para a fase de operação. O consórcio é formado por GDF Suez (50,1%), Eletrobras (40%) e Camargo Corrêa (9,9%).
A obra só deverá ser concluída em outubro de 2016 segundo o último balanço do PAC. Quando totalmente pronta, a usina deverá ter capacidade máxima de geração de 3.750 megawatts (MW).
Pré-sal também pode começar
A usina de Santo Antônio, também no Rio Madeira, entrou em operação em março deste ano e deve ser concluída em janeiro de 2016, quando deverá ter acumulado investimento total de R$ 16 bilhões para uma capacidade de geração de 3.150 MW.
O presidente do Ibama também assinou ontem licença permitindo que a Petrobras instale a etapa número um de exploração do pré-sal na Bacia de Santos. Trata-se da primeira licença de instalação do pré-sal, com investimento estimado em R$ 19,6 bilhões, que deve aumentar a produção de petróleo do Brasil em 6%.
Gisela Forattini, diretora de Licenciamento do Ibama, explica que o novo modelo de concessão de licenças de petróleo por bloco fez com que apenas uma permissão atenda a diversas perfurações. Só a etapa um do pré-sal, por exemplo, vai liberar 11 testes de longa duração na Bacia de Santos, dois pilotos e um desenvolvimento de produção ao mesmo tempo. A área permitirá extração de cerca de 350 mil barris de petróleo por dia e outros 10 milhões de metros cúbicos de gás.

O Globo, 20/10/2012, Economia, p. 30

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