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Governo do Mato Grosso contesta dados

O Globo, O País, p. 4
26 de Jan de 2008

Governo do Mato Grosso contesta dados
Secretário diz que números do estado mostram redução do desmatamento

Anselmo Carvalho Pinto

O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), considerado o "rei da soja", contestou os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que levaram o governo federal a proibir licenças para desmate em 36 cidades da Amazônia. O secretário de Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan, disse que os números obtidos pelo estado apontam redução no desmatamento.

O Mato Grosso faz o monitoramento por meio do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto Imazon. Segundo Daldegan, no período em que o Inpe detectou um avanço de 25% no desmate, o SAD identificou queda de 21%. Ele afirma que as verificações in loco mostrariam a discrepância entre os números do Inpe e a realidade:
- Em novembro fomos a campo com os dados relativos ao período entre abril e setembro.

Constatamos que 80% do que havia sido detectado era desmatamento antigo, como áreas de pastagem já abertas, áreas de assentamento.

Daldegan classificou de "irresponsável" a divulgação dos números pelo Inpe num momento em que os produtores tentam se adaptar às exigências do mercado internacional:
- Informações como estas são ruins para o país. Em dezembro, em Bali, a ministra Marina afirmou que o desmatamento estava caindo no Brasil.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) divulgou levantamento mostrando que, juntas, as 19 cidades mato-grossenses atingidas pelo decreto produzem 1,9 milhão de toneladas de soja por ano, ou 11% de toda produção do estado. O rebanho bovino é de 5,9 milhões de cabeças, pouco mais de 20% do total.

- Este decreto não foi bom para os municípios, para os ambientalistas e o governo federal - avalia Amado Oliveira, consultor da Famato

O Globo, 26/01/2008, O País, p. 4

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