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Governo autoriza estudos para a construção de seis novas ferrovias

OESP, Economia, p. B1
11 de Jun de 2014

Governo autoriza estudos para a construção de seis novas ferrovias
Na lista de projetos está a Ferrogrão, que tem entre os interessados um grupo que reúne Bunge, Cargill, Dreyfus, Maggi e EDLP

Lu Aiko Otta / BRASÍLIA

O governo autorizou ontem a elaboração de estudos para a construção de seis novas ferrovias, que somarão 4.676 km. A expectativa é que empresas interessadas se candidatem a elaborar as análises sobre a viabilidade das linhas e apresentem suas propostas, que passarão por uma seleção no Ministério dos Transportes. Depois, esses estudos serão detalhados em projetos e, só então, a construção será iniciada.
Dois dos trechos a serem analisados coincidem totalmente com uma proposta apresentada ao governo em março. Seu proponente foi o grupo Pirarara, formado por quatro gigantes do agronegócio, Bunge, Cargill, Dreyfus, Maggi, mais a estruturadora de negócios Estação da Luz Participações (EDLP).
Conforme revelou o Estado à época, elas não só pediram para fazer os estudos, como também se comprometeram a investir na construção das linhas, o que demandará recursos estimados entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.
Pela proposta do Pirarara, a principal via de escoamento da produção de Mato Grosso ligará Sinop (MT) ao porto fluvial de Miritituba (PA), de onde a carga seguirá em barcaças até os portos ao Norte. A estimativa das empresas é que 40% da produção de grãos e farelo do Estado utilizem essa linha, batizada de "Ferrogrão".
Também foi contemplada uma ferrovia entre Sapezal, no oeste mato-grossense, até Porto Velho (RO). É outro trecho sugerido pelas empresas.
"Estamos muito animados", disse o presidente da EDLP, Guilherme Quintella. Ele informou que o grupo vai se candidatar a fazer os estudos. "As prefeituras e os produtores estão entusiasmados com a ideia."
Os estudos contemplarão outros trechos importantes para o transporte de cargas, como uma ligação entre Dourados (MS) e Estrela d'Oeste (SP) e uma ferrovia de Açailândia (MA) a Barcarena (PA). Essa segunda dará outra saída para o mar à Ferrovia Norte-Sul, que hoje utiliza o porto de Itaqui (MA). Também serão estudadas linhas de Anápolis (GO) a Corinto (MG) e de Belo Horizonte (MG) a Guanambi (BA).

OESP, 11/06/2014, Economia, p. B1

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