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Futuro da Flona do Jamanxim preocupa MPF

Procuradoria da República no Pará - www.prpa.mpf.gov.br
01 de Out de 2009

O Ministério Público Federal vai participar, nos próximos dias 02 e 03, de reuniões no município de Novo Progresso (sudoeste do Pará), para debater o futuro da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, Unidade de Conservação criada em 2006, que registra desde então altos índices de desmatamento, criação irregular de gado e é objeto de disputa política para redução significativa de sua área.

Nas últimas semanas, a Flona foi um dos palcos da Operação Boi Pirata II, que apreendeu gado criado em áreas desmatadas ilegalmente. Segundo um levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Jamanxim é a terceira reserva com maior número de multas ambientais na região: foram 1,9 milhões desde a criação.

Os produtores rurais que atuam irregularmente dentro da Flona propuseram ao Instituto Chico Mendes, responsável pelas Unidades de Conservação no Brasil, um Termo de Ajustamento de Conduta com várias modificações na regulamentação e fiscalização das atividades produtivas na área.

Na semana passada, a proposta de TAC foi apresentada aos procuradores da República que atuam em Santarém, responsáveis pelo caso. "Independente de discussões políticas, a legislação ambiental têm que ser obedecida, nessa e em qualquer outra região do Pará", posiciona-se Marcel Brugnera Mesquita, procurador que representará o MPF nas reuniões desse fim de semana.

Devem estar presentes,além do MPF, o ICMBio e associações de produtores rurais que pleiteiam mudanças na reserva. A primeira reunião, no dia 02, acontece na sede do município de Novo Progresso. A segunda, no distrito de Castelo dos Sonhos. Os encontros fazem parte do chamado Mutirão ArcoVerde/Terra Legal, do governo federal.

Criada em fevereiro de 2006 pelo decreto presidencial n 10.770, a Flona do Jamanxim está localizada a Noroeste da BR-163, na divisa entre os estados do Pará e Mato Grosso. Tem umperímetro de 1.301.120 hectares.

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