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05 de Set de 2013
A FUNAI admitiu em Nota Oficial que cerca de 80 mil hectares, ou seja, 50% da área da Terra Indígena Marãiwatsédé, antiga Suiá Missu foi queimada. A antiga fazenda que foi desocupada no final do ano passado vem queimando desde o inicio do mês de julho, porém a FUNAI diz que o fogo começou há 30 dias.
Apesar de a FUNAI ter admitido o incêndio na Terra Indígena, há controversas, já que a FUNAI diz que 80 mil hectares foram queimados e o IBAMA estima em 100 mil hectares que pegaram fogo.
O sistema de detecção de queimadas do INPE já mostrou 357 focos de calor no local. Ao todo, desde o dia 02 de julho, o sistema mostrou 2.435 incêndios na área. Mais de 50% da área da Terra Indígena já foi calcinada e os incêndios avançam agora na direção leste.
Pela verificação das imagens do INPE é possível verificar que a maioria dos focos de calor está registrada na região Sul da Reserva, bem próximo a Aldeia onde moram os índios Xavantes. Já a FUNAI em nota afirma que os pontos de calor estão próximos a Rodovia BR158.
Embora a FUNAI negue que os índios coloquem fogo em matas, moradores da região afirmam que os índios têm o costume de atear fogo para favorecer a caça, já que com o fogo os animais tendem a sair da mata, facilitando a caçada.
Já a FUNAI afirma que moradores estariam ateando fogo na área de Reserva. De acordo com a FUNAI a segurança foi solicitada após os brigadistas terem sido forçados a interromper o trabalho, no dia 19 de agosto, depois de avistar o lançamento de vários artefatos incendiários próximo aos locais onde eram realizados os combates, oferecendo riscos às pessoas e tornando a ação sem efeito.
Para controlar o incêndio 15 brigadistas do Centro Especializado de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo/Ibama) que vinham combatendo os focos de incêndio, baseados em Bordolândia/MT, receberam uma equipe de Brasília/DF, com mais 20 homens, que chegaram neste fim de semana (31/08) para ajudar no controle do fogo. Além disso, peritos do Prevfogo estão na região para pesquisar as causas dos incêndios, totalizando 50 servidores do Ibama. Eles estão acompanhados por um efetivo da Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
A equipe da FUNAI que coordena a operação de desintrusão da TI Marãiwatsédé presta o apoio à realização dos trabalhos de campo. Um helicóptero do IBAMA auxilia no lançamento de água, no transporte da equipe e no monitoramento da área.
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