Diário Catarinense- http://dc.clicrbs.com.br
02 de Jan de 2017
Famílias indígenas que, desde o início de dezembro estavam acampadas sob o elevado Dias Velho, em Florianópolis, foram transferidas e alojadas no mezanino desocupado do Terminal Rodoviário Rita Maria. A decisão foi tomada em reuniões convocadas pelo Ministério Público Federal (MPF) com representantes da prefeitura da Capital, Fundação Nacional do Índio (Funai), Superintendência de Patrimônio da União (SPU), entre outros órgãos.
Os índios devem ficar, pelo menos, até o dia 9 de janeiro no local, quando a Justiça volta do recesso e deve julgar ação do MPF, que cobra ações da prefeitura e da Funai para garantir a segurança das famílias.
- As famílias estavam sofrendo um assédio constante de várias pessoas, principalmente usuárias de drogas. Então elas efetivamente corriam risco de vida, risco à integridade física - explica o procurador da República Eduardo Barragan, que estima que cerca de 30 pessoas sejam alojadas no Terminal Rita Maria.
A transferência das famílias começou no dia 31 de dezembro, data da primeira reunião do MPF. A segunda reunião aconteceu nesta segunda-feira, quando reforçaram que o terminal Rita Maria era o melhor local para receber os índios.
O procurador comenta que a prefeitura chegou a oferecer o terminal do Saco dos Limões para abrigar as famílias indígenas, mas a Funai foi contra a transferência devido, principalmente, às dificuldades de deslocamento para os caingangues.
O procurador diz que, com o retorno do Judiciário, irá novamente tentar marcar uma audiência de conciliação com todos os órgãos públicos envolvidos.
As famílias estavam em barracas improvisadas, sem condições mínimas de higiene. Elas vieram do Paraná para vender artesanato em Florianópolis.
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