O Globo, Negócios & Cia, p. 32
Autor: OLIVEIRA, Flávia
16 de Jul de 2011
Energia nuclear foi vice até junho
Angra 1 e Angra 2 só perderam para hidrelétricas na matriz energética nacional
Flávia Oliveira
A energia nuclear foi a segunda fonte de geração de eletricidade no país durante todo o primeiro semestre de 2011. Só perdeu para as hidrelétricas, dominantes na matriz brasileira. Angra 1 e Angra 2 chegaram ao fim de junho produzindo 1.962 megawatts (MW) médios. É carga equivalente a 3,61% do mercado total. As estatísticas do Operador Nacional do Sistema (ONS), segundo levantamento da Eletronuclear, mostram que as usinas de Angra bateram as termelétricas a gás, com 2,79% do total, e a carvão, com 1,36%. Na média do semestre, as hidrelétricas, Itaipu à frente, entraram com 92,11% da carga, cerca de 51.738 MW médios. As nucleares responderam por 3,19% da geração total, com 1.793 MW médios. Na sequência vêm as térmicas a gás (2,16%), carvão (0,99%), óleo combustível (0,71%) e as eólicas (0,18%).
Somada, a geração térmica não alcançou 8% da carga nesta primeira metade de 2011. Isso porque, como o período de chuvas foi altamente favorável, o ONS não precisou antecipar o despacho das térmicas não nucleares para garantir o nível de segurança dos reservatórios das hidrelétricas. Em 2010, a geração complementar começou em maio. Ano passado, as usinas de Angra tiveram interrupção de fornecimento para manutenção. Este ano, a temperatura amena da água do mar melhorou o desempenho do par de usinas, que estão produzindo energia desde o início do ano. Angra 2, apesar de ter potência nominal de 1.350 MW, tem gerado 1.355 MW.
O Globo, 16/07/2011, Negócios & Cia, p. 32
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