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Eletrobrás tenta atrair mais projetos pela biomassa

GM, Relatório Energia Elétrica, p. 2
30 de Set de 2004

Eletrobrás tenta atrair mais projetos pela biomassa

Foi a única fonte que não preencheu a cota destinada ao Proinfa. AEletrobrás deve fazer uma nova chamada pública para projetos de cogeração de energia por meio de biomassa para tentar preencher os 1,1 mil MW destinados ao segmento no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Dos 3,3 mil MW que terão contratos de compra e venda com a Eletrobrás, a holding conseguiu preencher na primeira chamada pública os 1,1 mil MW que serão gerados por pequenas centrais hidrelétricas (PCH), os 1,1 mil MW de energia eólica e 327,6 MW de cogeração por biomassa. Segundo a Eletrobrás, não está definida nova chamada para cogeração por biomassa.
No processo de habilitação do Proinfa foram aprovados projetos com capacidade total de geração de 6,6 mil MW, o dobro do que será contratado na primeira fase do programa (3,3 mil MW). O segmento de energia eólica foi a que teve o maior volume ofertado (3,6 mil MW), seguido pelas pequenas centrais hidrelétricas (PCH) (1,9 mil MW) e as usinas de cogeração por biomassa (995,2 kW), a única fonte que não atingiu os 1,1 mil previsto pelo Ministério de Minas e Energia no programa.
O Nordeste foi a região com o maior número de projetos habilitados no programa (2,6 mil MW) e a maior parte - 2,4 mil MW - é de energia eólica, seguida por 204,9 MW de usinas movidas a biomassa e 41,8 MW por PCH. A região Sul teve 1,5 mil MW em projetos habilitados e a energia eólica também aparece em primeiro lugar com 937,6 kW, seguida por PCH (488,8 kW) e 75,9 kW de biomassa. O Sudeste teve 1,2 mil MW habilitados, sendo 512,6 kW de biomassa, 450,1 kW em PCH e 302,8 MW de energia eólica. O CentroOeste teve 981,4 kW - 801,2 kW por PCH e 180,26 kW de biomassa e a região Norte teve 163,7 kW habilitados, 142,2kW de PCHs e 21,57 kW de biomassa.
A falta de interesse pela cogeração de energia por biomassa ocorreu principalmente pela insatisfação dos empresários com o preço definido pelo Ministério de Minas e Energia. O MME definiu o preço pela cogeração de energia por biomassa entre R$ 93,77 e R$ 169,08 por MW conforme o tipo de material utilizado - bagaço de cana, sobras de madeira e biogás de aterro sanitário.
Segundo dados do Balanço Energético Nacional de 2003, a participação da biomassa na matriz energética brasileira é de 27% - lenha de carvão vegetal (11,9%), bagaço de cana-de-açúcar (12,6%) e outros insumos (2,5%). O potencial para projetos de cogeração por biomassa com autorização na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de 1,376 MW. O bagaço de cana tem o maior potencial autorizado (1.198,2 MW). Segundo a Aneel, em 2004, três novas centrais movidas a bagaço de cana entraram em operação com capacidade de 59,44 MW.

GM, 30/09/2004, Relatório Energia Elétrica, p. 2

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