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Educação indígena ganha novos investimentos

Diário do Amapá - http://www.diariodoamapa.com.br/
22 de Mai de 2014

A vida está mudando nas comunidades indígenas localizadas na zona rural de Oiapoque, no extremo Norte do Brasil. Na aldeia Kumenê, situada na bacia do Rio Uaçá, distante 120 quilômetros da cidade, onde vivem aproximadamente 1.900 índios da etnia Palikur, por não ter sofrido influência do português ou do francês, a tribo é a única no município que ainda fala a língua materna.

A comunidade tradicional também contribui para um desenvolvimento sustentável fundamentado na conservação da natureza e na preservação da cultura. A religião foi a única manifestação que se observa como mudança na aldeia. A partir da década de 1960, os indígenas começaram a se converter ao protestantismo, que já influencia a maioria das famílias.

E se a igreja era a principal atração na comunidade, agora a escola que acaba de ser inaugurada pelo Governo do Estado também vendo sendo motivo de admiração.

A Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental e Médio Moisés Iaparrá foi erguida toda em alvenaria numa área de aproximadamente 950m² no meio da floresta, a poucos metros da vila, com três blocos divididos em seis salas de aula com capacidade para 35 alunos (cada); laboratório de informática; bloco administrativo, contendo diretoria, secretaria; arquivo; banheiros; refeitório; biblioteca; sala de professores; além de copa e cozinha e área de serviço. O investimento na construção da escola foi de R$ 720.742,33.

Para facilitar a comunicação e o acesso à informação de dezenas de alunos na internet, o governo vai inserir a comunidade indígena na onda tecnológica. Em breve, a escola receberá, como reforço extra, uma sala com computadores em um espaço que se tornará a base das produções e experimentações dos indígenas com novas tecnologias e mídias.

Para as lideranças indígenas da aldeia Kumenê, a construção da escola foi um sonho realizado. "Nunca pensamos em ter uma escola como essa na nossa comunidade, nossos filhos estão ansiosos para estudar aqui, ainda mais sabendo que vai ter até computador com internet. Isso era um sonho pra nós que agora sim se tornou realidade", elogiou o cacique Azarias Iaparrá.

Descendo o Rio Uaçá

Na aldeia Pwaitkeyt, o Governo do Amapá também entregou a Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental Maria Yanawá, contendo duas salas de aula, diretoria, refeitório, copa e cozinha, dois banheiros e caixa d'água com castelo, cujo investimento foi de R$ 142.003,18.

O detalhe observado está na antiga escola utilizada pelos alunos da comunidade. Um pequeno cômodo em madeira onde o espaço era para, no máximo, seis carteiras sem qualquer estrutura. Hoje, com a nova escola construída em alvenaria, cada uma das duas salas tem capacidade para acomodar até 35 carteiras escolares, mobília que, aliás, já está à disposição da comunidade.

No mesmo modelo também foi entregue pelo Governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinf), a Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental Kamuywá, cujo investimento também foi de R$ 142.003,18 para atender 70 alunos índios.

Na região do Oiapoque, onde vivem aproximadamente 6 mil índios, o Governo do Estado já havia entregado a Escola Indígena Estadual Manoel Primo dos Santos, na aldeia Santa Isabel. A antiga escola, erguida em madeira, foi construída em 1997 pelo então governador e hoje senador do Amapá, João Alberto Capiberibe.

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