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'Dossiê Estado'

OESP, Fórum dos Leitores, p. A3
Autor: SOUZA, Álvaro Antonio Cardoso de
04 de Set de 2004

'Dossiê Estado'

Muito oportuno o debate suscitado pelo Dossiê Estado acerca do crescimento da atuação do terceiro setor no Brasil, fenômeno que certamente denota o aprofundamento da democracia no País. Tendo o WWF-Brasil sido citado, e comprometidos que estamos com a transparência nas relações entre o terceiro setor e o restante da sociedade brasileira, informamos: 1) O WWF-Brasil, como organização brasileira autônoma sem fins lucrativos, teve nos últimos dois anos receita de R$ 20,11 milhões, dos quais menos de 1% (R$ 160 mil) veio de fontes governamentais, como se pode verificar em nosso relatório financeiro, auditado pela Price Waterhouse Coopers e pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, disponível no endereço www.wwf.org.br, onde informamos inclusive a origem de nossos recursos. 2) O WWF-Brasil não presta serviços ao Estado brasileiro, nos níveis federal, estadual ou municipal, conforme sugerido pela reportagem, mas desenvolve ações que assegurem o direito constitucional dos brasileiros "ao meio ambiente ecologicamente equilibrado" (artigo 225, capítulo IV) em parceria não só com órgãos governamentais, mas também com universidades, outras entidades da sociedade civil e com o setor privado. 3) Além de a quase totalidade de sua receita provir de fontes não-governamentais, o WWF-Brasil é doador de várias iniciativas nos três níveis de governo, entre as quais está o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), ao qual está repassando R$ 34,5 milhões para a estruturação de unidades de conservação. 4) Os três profissionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA) citados pela reportagem como egressos do WWF-Brasil nunca fizeram parte de nosso quadro de funcionários. 5) Por fim, é essencial informar que o coordenador do programa Amazônia do WWF-Brasil, Luís Carlos de Lima Meneses Filho, não é "diretor" do Instituto Nawa para o Desenvolvimento do Extrativismo Sustentável na Amazônia, como mencionado, tendo sido apenas conselheiro dessa entidade entre 1996 e 1998, quando ainda não fazia parte do quadro técnico do WWF-Brasil.

Álvaro A. C. de Souza, presidente do Conselho Diretor do WWF-Brasil, Brasília N. da R. - A reportagem não informa nem sugere que o WWF-Brasil presta serviços ao Estado brasileiro. Afirma que a instituição recebe dinheiro do governo e também atua em projetos de órgãos governamentais, fato confirmado pelo MMA e pelo próprio WWF. O nome do engenheiro agrônomo Luís Carlos de Lima Meneses aparece no site do Instituto Nawa (www.treetap.amazonlife.com.br/mais/nawa.htm) como diretor do Conselho Diretor da entidade. A informação de que Guilherme Cardoso Abdalla, Cristina Galvão Alves e Flávio Montiel foram ligados ao WWF está errada.

OESP, 04/09/2004, Fórum dos Leitores, p. A3

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