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Dique se rompe e 'tsunami' ameaça cidade em RO

OESP, Metrópole, p. C6
10 de Jan de 2008

Dique se rompe e 'tsunami' ameaça cidade em RO
Previsão era de que onda de 10 m atingiria município nesta madrugada

William Glauber, William Glauber e Nilton Salina

O rompimento da barragem da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Belém em Vilhena, a 520 quilômetros de Porto Velho (RO), ameaça inundar metade da cidade de Pimenta Bueno. A previsão era de que uma onda de 10 metros de altura do Rio Barão do Melgaço atingisse a cidade, de 32,8 mil habitantes, nesta madrugada, informou a jornalista Ivonete Gomes, da Rede All TV. Até chegar à localidade, a água percorreria cerca de 150 quilômetros. "É praticamente um tsunami", disse o governador Ivo Cassol, que denunciou a má qualidade da obra da PCH.

A barragem de 46 metros de altura, que formava um lago de 280 hectares de extensão, rompeu-se por volta das 14 horas. A Defesa Civil de Rondônia, após um sobrevôo, constatou que a água cobriu uma vasta área da Floresta Amazônica, arrastando árvores de grande porte.

Cassol disse, às 22h30, que a esperança do governo era de que a água ficasse represada em uma segunda barragem, de outra usina em construção, a 100 quilômetros do local do primeiro acidente. A segunda barragem tem 8 metros de altura. "Esse dique tem condições de segurar a avalanche que segue em direção a Pimenta Bueno, mas nossas equipes estão preparadas para atender às necessidades dos moradores caso haja alagamento."

A população ribeirinha de Pimenta Bueno já estava sendo removida ontem à noite das áreas mais baixas da cidade. Os moradores estavam sendo levados para ginásios e escolas por equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros de Porto Velho, Ji-Paraná, Vilhena e outras cidades da região. Em Cacoal e Ji-Paraná, a Defesa Civil também teve de retirar famílias que residem nas margens de rios, porque a cheia também alcançou o Rio Machado.

O governador disse que a partir de hoje órgãos estaduais realizarão perícias no local. A polícia também vai investigar o caso.

OESP, 10/01/2008, Metrópole, p. C6

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