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Dinheiro verde I

O Globo, Panorama Econômico, p. 20
09 de Nov de 2010

Dinheiro verde I

Estudo da FGV e da Pnuma sobre a atuação de bancos públicos no financiamento de uma economia de baixo carbono mostra que a eficácia do credito verde ainda é pequena. De um lado, falta interesse dos empresários nessas linhas pela complexidade e excesso de exigências na liberação. De outro, é baixa a representatividade do tema no planejamento estratégico das instituições. Isso faz com que o crédito fique disperso nas políticas dos bancos.

- As instituições reconhecem a importância do financiamento público como indutor de uma economia de baixo carbono, mas o processo decisório ainda é orientado por objetivos pontuais, de curto prazo e com baixo envolvimento da alta gerência - diz Paula Peirão, do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV/EAESP.

Dados do TCU mostram que, entre 2008 e 2009, as linhas de crédito público para sistemas sustentáveis e recuperação de áreas degradadas, por exemplo, tiveram só 25% de utilização.

Dinheiro verde II
A maior parte do crédito é destinado à mitigação da emissão de gases de efeito estufa, mas falta criar produtos que financiem a adaptação das áreas atingidas.
- Áreas que sofrem alagamentos, por exemplo, precisam receber dinheiro para minimizar os estragos.
A mesma coisa em regiões que sofrem com a seca - explica a pesquisadora Paula Peirão.
O estudo, que será divulgado hoje, analisou balanços do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, e também de Fundos Constitucionais de Financiamento.

O Globo, 09/11/2010, Panorama Econômico, p. 20

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