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Diagnóstico ambiental prévio

O Globo, Economia, p. 26
Autor: OLIVEIRA, Flávia
09 de Jul de 2009

Diagnóstico ambiental prévio
Chineses da Wisco foram informados que área do Açu comporta siderúrgica

Pesou na decisão do grupo Wuhan Iron & Steel (Wisco) de se instalar no Norte fluminense a informação de que a Secretaria estadual do Ambiente já tem pronta a avaliação ambiental estratégica do Complexo do Açu, de Eike Batista. O diagnóstico estabelece tipo e tamanho de empreendimentos que poderão ser implantados na área. Os chineses anunciaram, semana passada, que serão parceiros do empresário numa siderúrgica de US$ 4 bilhões no Açu. Receberam da secretária Marilene Ramos, em pessoa, a garantia de que é possível, do ponto de vista ambiental, operar na região uma usina com capacidade produtiva de até 16 milhões de toneladas. O projeto da Wisco prevê cinco milhões de toneladas.

A Secretaria do Ambiente está produzindo as análises prévias para todos os grandes projetos econômicos em andamento no estado - Comperj e Arco Rodoviário Metropolitano, entre eles. A intenção é dar segurança a potenciais investidores, evitando gastos com licenciamento ambientais que jamais serão concedidos. "Prospectamos todos os empreendimentos que podem se instalar numa área e mapeamos necessidades de infraestrutura, transporte, saúde, educação e o impacto ambiental de tudo isso. Assim, sabemos o que é ou não viável. O investidor já chega sabendo de suas chances e das exigências que terá de cumprir para levar projetos adiante", diz Marilene.

No caso da usina do Açu, a Wisco terá de obedecer aos padrões europeus de emissão de poluentes, mais rígidos que os nacionais. "Sabemos que o principal problema na região é a poluição atmosférica, então o licenciamento vai exigir a melhor tecnologia disponível", completa a secretária.

O Complexo do Açu já teve duas térmicas de 2.300 MW a carvão licenciadas. A avaliação estratégica mostrou que o empreendimento comporta geração de até 5.000 MW. Mas as próximas usinas terão obrigatoriamente de operar com gás natural.

O Globo, 09/07/2009, Economia, p. 26

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