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CPB coordena curso brasileiro de primatologia

ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/
25 de Fev de 2016

Brasília (25/02/2016) - O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) coordenou a 5ª edição do Curso Brasileiro de Primatologia (V CBPrim). O objetivo do evento foi capacitar jovens profissionais para atuar em pesquisa e conservação com foco neste grupo taxonômico.

O curso foi realizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus (AM), entre 24 de janeiro e 03 de fevereiro deste ano, com atividades teóricas e práticas envolvendo 17 instrutores de diversas instituições.

Para o coordenador do CPB e coordenador-geral do evento, Leandro Jerusalinsky, momentos como este tem sido muito importantes para se enfrentar um dos principais gargalos identificados para uma avaliação de espécies adequada e para a efetiva implementação dos Planos de Ação para a conservação de primatas ameaçados.

"Entre os gargalos estão a insuficiência de pessoal capacitado para realizar determinadas pesquisas ou para desenvolver ações de manejo", frisa Leandro Jerusalinsky.

O Brasil possui a maior riqueza de primatas no mundo, com cerca de 150 espécies e subespécies já registradas no país. Cerca de um quarto desses táxons estão em risco de desaparecer, já que 35 primatas foram listados pela Portaria MMA no 444/2014 como ameaçados de extinção e outros 14 são considerados insuficientemente conhecidos para uma adequada avaliação de sua situação.

Uma das principais ferramentas para contrapor essa ameaça são os Planos de Ação Nacionais (PAN) para a conservação de espécies ameaçadas de extinção. Esta edição do curso teve foco especial na Amazônia, com mais da metade dos 16 cursistas selecionados vinculados a instituições dessa região ou atuando em campo nesse bioma.

"A Amazônia brasileira pode ser considerada uma região prioritária para a primatologia, já que é a região com maior diversidade de primatas no mundo, com frequente descoberta de novas espécies, um alto grau de ameaça devido ao arco do desmatamento e aos grandes projetos de infraestrutura, e onde há uma constante insuficiência de pessoal capacitado para trabalhar em pesquisa e conservação de primatas", afirma Leandro.

Ao lado do CPB, integram a coordenação do CBPrim a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

Além disso, a iniciativa conta com o apoio do Grupo Especialista em Primatas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e da Sociedade Brasileira de Primatologia, entre outras instituições como Conservation International, Muriqui Instituto de Biodiversidade e Associação Pró-Muriqui.

Nesta edição, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade da Amazônia (Cepam/ICMBio), também vilculado ao ICMBio, e o Inpa participaram da coordenação local. Também colaboraram o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, o Centro Nacional de Primatas do Ministério da Saúde e o Museu da Amazônia.

http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-destaques/7679-c…

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