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Cerca de 800 lideranças indígenas discutem impactos de obras na Amazônia

Rondônia Dinâmica - http://rondoniadinamica.com/
17 de Jul de 2009

Os impactos ambientais provocados por empreendimentos na Amazônia, entre eles as obras das usinas no rio Madeira, Santo Antônio e Jirau

Os impactos ambientais provocados por empreendimentos na Amazônia, entre eles as obras das usinas no rio Madeira, Santo Antônio e Jirau, são os principais pontos de discussão da IX Assembléia Geral da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) que será realizada entre os dias 20 e 25 de julho, no município de Montes Altos, na aldeia São José - Terra Indígena Krikati - no Estado do Maranhão. Cerca de 800 lideranças indígenas de 100 povos de toda Amazônia Brasileira participarão do evento

O encontro tem como objetivo principal deliberar sobre a proposta de avaliação do movimento indígena amazônico, revisão e aprovação do estatuto, eleição dos novos coordenadores e, ainda, a discussão da conjuntura política indígena, direitos humanos, impacto de projetos nas terras indígenas e mudanças climáticas, dentre outros. Na Assembléia também serão comemorados 20 anos de atuação da COIAB na Amazônia, com apresentação de danças, cantos e tradições dos povos indígenas presentes.

Os participantes são representantes de organizações indígenas que compõem a base política da COIAB nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A atividade também terá a participação de lideranças indígenas de países como Peru, Bolívia, Ecuardor, Colômbia e Suriname, além de convidados de organizações governamentais e de Cooperação. Os coordenadores das organizações indígenas regionais que compõem a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) também confirmaram presença no encontro.

Além da COIAB, fazem parte da APIB a Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME), Articulação dos Povos Indígenas do Sul (ARPINSUL), Articulação dos Povos Indígenas do Pantanal e região (ARPIPAN), Aty Guaçu (Grande Assembléia do Povo Guarani Kaiowa) e Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (ARPINSUDESTE).

A mobilização em grupos, redes e articulações que atualmente englobam uma parcela representativa da grande diversidade de povos indígenas de nosso país, também terá destaque na assembléia, como um marco que tem dado importante visibilidade a questão indígena. Na ocasião, várias lideranças serão homenageadas por sua atuação dentro do movimento indígena amazônico.

"A escolha do Estado do Maranhão para sediar a Assembléia representa um gesto de fortalecimento às lutas dos povos indígenas da Amazônia Oriental, que sofrem com grandes impactos em suas terras e tem seus direitos freqüentemente violados", diz Jecinaldo Sateré Mawé, coordenador geral da Coiab.

Para Jecinaldo Sateré Mawé, coordenador da COIAB, a realização da assembléia na Terra Indígena Krikati, consolida uma nova fase na luta da organização em defesa dos direitos dos Povos Indígenas da Amazônia junto a suas bases.

"Os 20 anos de luta da COIAB em prol da Amazônia tem resultados positivos nas discussões de políticas públicas que envolvem as populações indígenas. Estes avanços, a partir de agora, vão se fortalecer ainda mais, readequando-se aos novos desafios e a um novo patamar de lutas e conquistas", afirma Marcos Apurinã, vice coordenador da Coiab.

A assembléia é organizada pela COIAB com articulação da COAPIMA (Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão).

Com Assessoria da Coiab

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