VOLTAR

Caso gera debate sobre sabedoria de grupo étnico

Folha de S.Paulo-SP
19 de Jun de 2002

O problema enfrentado pelos craôs e pela Unifesp coloca em discussão o uso sustentável da célebre biodiversidade brasileira. O desafio é remunerar o conhecimento das comunidades tradicionais sobre a fauna e a flora e, ao mesmo tempo, promover o desenvolvimento científico e econômico.

"É um caso apropriado para colocar essa discussão para a sociedade", diz Fernando Schiavini, da Funai. "O conhecimento já adquirido por uma pesquisa não volta. Por isso, a comunidade indígena poderia ter direito a um adiantamento", afirma.

"Não é surpresa que esse tipo de problema ocorra", diz Lídio Coradin, gerente do Projeto de Recursos Genéticos do Ministério do Meio Ambiente. "Pode ter certeza de que vão aparecer mais casos. Mas esses percalços vão facilitar a definição de regras no futuro", afirma.

"É preciso um meio-termo que reparta os benefícios sem afugentar as empresas que podem usar o potencial econômico do conhecimento", diz Coradin.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.