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Casa Branca tenta reagir a veto ao Plano de Energia Limpa

O Globo, Sociedade, p. 25
11 de Fev de 2016

Casa Branca tenta reagir a veto ao Plano de Energia Limpa
Suspensão a cortes de carbono adia programa contra aquecimento global

Um dia após ver congelado na Suprema Corte o Plano de Energia Limpa ( CPP, na sigla em inglês), a Casa Branca busca novos projetos para conter o avanço das mudanças climáticas. O governo não contava com esta intervenção em sua iniciativa inédita contra o aquecimento global, já que os estados teriam até setembro deste ano para se adaptar às novas medidas, e um tribunal de apelações havia recusado, em janeiro, um recurso para frear o CPP. Agora, a coalizão formada por 27 governadores e industriais ganha tempo até o julgamento de outras ações.
Segundo ambientalistas, a suspensão do CPP pode demorar pelo menos dois anos para ser revogada e não ser contemplada, portanto, durante o mandato de Barack Obama. O atraso comprometeria o cumprimento das metas apresentadas pelos EUA na Conferência do Clima de Paris para redução das emissões de gases- estufa: uma diminuição de 28% na liberação de poluentes nos próximos dez anos, em relação aos níveis registrados em 2005. Hoje, as usinas de energia são responsáveis por 31% da emissão de gases e o CPP estabelecia o corte de um terço deste valor até 2030.
NOVOS EQUIPAMENTOS
Pelo plano, os estados americanos deveriam apresentar até setembro deste ano projetos para a construção de novos equipamentos para captação de fontes renováveis, como eólica, solar e biomassa, e teriam um prazo de seis anos, até 2022, para colocar seus programas em vigor. O problema é que a atividade econômica em muitos setores ainda é sustentada por combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás.
O procurador- geral da Virgínia Ocidental, Patrick Morrisey, comemorou a decisão dos juízes:
- Estamos contentes porque a Suprema Corte percebeu o impacto imediato das regulamentações e resolveu congelar a sua implementação, protegendo os trabalhadores enquanto nossa luta contra a legalidade ( do CPP) continua.
O secretário de imprensa da Casa Branca, John Earnest, ressaltou que o governo "não concorda" com a decisão do tribunal e continuará com "passos agressivos" contra as mudanças climáticas:
- O plano tem base legal e técnica fortes, dá aos estados o tempo e a flexibilidade necessários para desenvolver planos adaptados e de baixo custo para reduzir suas emissões, e entregará a melhoria da qualidade do ar, da saúde, investimentos em energia limpa e empregos.

O Globo, 11/02/2016, Sociedade, p. 25

http://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/suprema-corte-dos-eu…

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