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Cai mortalidade infantil de índios

Estadão do Norte-Porto Velho-RO
12 de Mai de 2003

O índice de mortalidade infantil está caindo entre os 6 mil índios do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Porto Velho, da Funasa em Rondônia. O levantamento com base em 2002 foi obtido a partir de um recadastramento feito neste ano ano nas aldeias localizadas no DSEI/Porto Velho. Apesar do recuo da mortalidade, a população saltou de 5.996 pessoas em 2001 para 6.089 até novembro de 2002. O número de aldeias também aumentou. Eram 87 em 2001 e em 2002 foram cadastradas 94 aldeias de 43 etnias a mais do que em 2001- habitadas por 1.155 famílias.
O coordenador da Funasa, Josafá Marreiro, vê com entusiasmo a superação do problema. A redução da mortalidade infantil é consequência da asssistência prestada por 5 equipes multidisciplinares de saúde e 81 Agentes Indígenas de Saúde e 11 Agentes Indígenas de saneamento aldeias e Pólos Base, contratados pela conveniada CUNPIR. Todos foram capacitadas para atuar sistematicamente junto às comunidades indígenas, cumprindo cronograma de viagem previamente estabelecido. A assistência integral é feita através da rede credenciada do Sistema Único de Saúde (SUS) em quatro Pólos Base- Ji-Paraná, Guajará-Mirim, Humaitá e Alta Floresta, e no sub Pólo de Jaru.

EMERGÊNCIA
Situações de emergência com risco de vida que não puderem ser resolvidas pelo SUS são atendidas pela rede privada. As Casas de Apoio à Saúde Indígena de Porto Velho, Ji-Paraná, Guajará-Mirim e o Próprio DSEI de Porto Velho são referência para o SUS, agendamento e encaminhamento. A comunicação entre as aldeias e os Pólos Base é feita por radiofonia. Além disso, foi criado o Sistema de Informação para a Saúde Indígena (SIASI), que usa microcomputadores e se conecta com a sede da Funasa em Brasília através da Iternet. O SIASI facilitou ao DSEI e aos Pólos Bases o acompanhamento do crescimento populacional e da situação de saúde indígena. O SIASI facilitou ao DSEI e aos Pólos Bases o acompanhamento do crescimento populacional e da situação de saúde indígena. Alimentado sistematicamente pelos Agentes Indígenas de Saúde, o SIASI agiliza o atendimento tanto nas situações de emergência como nas de rotina.
A Funasa cadastrou família por família, possibilitando a monitoração dos agravos de saúde, obtendo informação imediata sobre caso novo de doença e acompanhando os antigos. O SIASI permitiu saber não apenas o número atual de doentes em cada aldeia como também fazer o acompanhamento da situação social dos indígenas. Foi através SIASI que o DSEI soube do surgimento da 43 ª etnia indígena na região, representada por um indío que migrou de Mato Grosso para Rondônia.
SANEAMENTO E ATUAÇÃO
O atendimento de saneamento básico é feito pela Divisão de Engenharia e Saúde Pública (DIESP) que realizou 22 ações de Sistema de Abastecimento de Água nas aldeias. Em 2002, a FUNASA celebrou convênio celebrou convênio com a ONG CUNPIR para construir mais 34 Sistemas de Abastecimento de Água - como continuidade das ações nas demais aldeias de responsabilidade desse DSEI. O chefe do DSEI, resumiu os avanços obtidos em 2002, destacou: a institucionalização do Modelo Assitencial da Saúde Indígena e a criação do Sistema de Informação para a Saúde Indígena. Ele diz que outro avanço importante foi a renovação do convênio com a CUNPIR e as capacitações para os profissionais que atuam diretamente com a saúde indígena.

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