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Brasil é o 16 mais atrativo para energia renovável

FSP, Mercado, p. B8
06 de Out de 2010

Brasil é o 16 mais atrativo para energia renovável
China lidera ranking de interesse em investimento na área, afirma estudo
Incentivos de Pequim para tornar sua matriz energética mais limpa fizeram a China passar os EUA no ranking

Tatiana Freitas
De São Paulo

Apontada como vilã na emissão de gases poluentes, a China é o país mais atrativo para receber investimentos em energia renovável.
A última edição do índice de atratividade do setor produzido pela consultoria Ernst & Young, obtida pela Folha, mostra o país asiático ultrapassando os EUA como país mais propenso a desenvolver projetos de geração de energia eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, entre outros.
O Brasil, que hoje possui uma matriz energética considerada limpa para o padrão global, aparece na 16ª colocação, atrás de países como Índia (quarta), Portugal (décima) e Grécia (12ª).
Segundo Luiz Cláudio Campos, sócio da Ernst & Young para a área de transações, três fatores principais tornam um país mais atrativo para receber projetos. E incentivos do governo estão relacionados a todos eles.
Campos afirma que projetos de geração de energia limpa precisam de um marco regulatório que incentive os investimentos, condições que favoreçam a atividade operacional -como infraestrutura adequada- e boas condições de financiamento.
"E há uma forte influência do governo chinês no incentivo a novos projetos em energia renovável. O governo está buscando recompor a sua matriz energética."
Já a perda da liderança pelos Estados Unidos tem relação com o fracasso do Congresso em votar alguns projetos relacionados com o setor de energia renovável.
No 16 lugar, o Brasil deve ganhar representatividade em termos de atratividade ao investidor. Para isso, enfrentará o desafio de tornar viável financeiramente projetos em fase pré-operacional.
Para o consultor, no país também há uma tendência de que a biomassa perca espaço para outras fontes alternativas, como a eólica, à medida que essas ofereçam um preço mais competitivo.
"O Brasil passa por um amadurecimento desse mercado. E o grande destaque ficará com aqueles que conseguirem avançar mais em tecnologia, ganhar competitividade e refletir esse avanço no preço das tarifas", diz.

FSP, 06/10/2010, Mercado, p. B8

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me0610201024.htm

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