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Atores passam semana com tribo indígena e criticam hidrelétricas

Notícias Ao Minuto - https://www.noticiasaominuto.com.br
12 de Jun de 2016

A convite do Greepeace, Caco Ciocler e Luisa Micheletti enfrentaram uma longa viagem que envolvia avião, barco e van para conhecer a bacia do Tapajós e o povo indígena Munduruku em maio.

A comunidade enfrenta polêmica desde que começaram os rumores sobre a construção de um complexo hidrelétrico no local, resultando no risco do território indígena desaparecer.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, Luísa e Caco contam como se envolveram com a causa. "Estava divulgando projetos sociais para uma amiga e comecei a me sentir desconfortável de falar de assuntos que não entendia tanto. A gente sabe que o buraco é sempre mais embaixo", diz Luísa.

A atriz e apresentadora falou sobre a responsabilidade de falar sobre o assunto e participar de um projeto numa aldeia de verdade. "Todo mundo quer ir, né? Todo mundo quer conhecer uma aldeia, 'ai que interessante'. Mas não é turismo! Eles estão com risco de se fo*. Eles não estão brincando. É uma batalha que eles travam há 30 anos", afirma Luisa.

Caco, por sua vez, comenta a polêmica sobre a hidrelétrica. "Tem a história que o governo vende sobre a importância da construção da hidrelétrica, mas é uma narrativa mentirosa. A quantidade de energia que dizem que vai gerar é calculada com o rio da cheia, não é a que de fato vai produzir. Somos bombardeados com isso como se fosse a verdade."

Ciocler quer mostrar que existem consequências na construção da usina hidrelétrica. "Fazer os índios se mudarem para outro lugar é como criar um monte de refugiados. O ecossistema está interligado, alagar a margem do rio afeta a região toda. Tirá-los dali é como fazer a gente mudar de país porque sua nação vai ser destruída", defende o ator.

A hidrelétrica de São Luiz do Tapajós poderá chegar a 8.000 megawatts de potência instalada e terá um alto investimento, avaliado em cerca de R$ 30 bilhões. Será a segunda maior usina do Brasil e foi anunciada como um dos projetos prioritários, para garantir a segurança energética do país.

Em abril, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recusrsos Naturais (IBAMA) suspendeu a obra dizendo que ela é inviável pelos prejuízos que poderá causar à comunidade indígena.

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