VOLTAR

Associação Krahô prepara debate sobre biopirataria

Site da Funai
10 de Mai de 2002

A Associação Kapey-Krahô, que reúne 16 aldeias da Terra Indígena Krahô, no Tocantins, debaterá, no final deste mês, durante dois dias (25 e 26), a questão da biopirataria da qual podem ter sido vítimas, quando desejavam colaborar com pesquisadores da Universidade de São Paulo-USP e da organização não governamental CTI. A Associação Indígena decidiu reunir todos as instituições envolvidas na questão - Advogados da Associação Khraô, USP, Funai (Depima e CGEP) e Ministério Público Federal - na Aldeia Central para esclarecer a coleta de cerca de 400 plantas medicinais, com a anuência das aldeias Nova e Forno Velho.

O indigenista da Funai, Fernando Schiavini, que trabalha há 20 anos com a etnia Khrâo, explicou que a Associação Kapey se surpreendeu quando soube que a pesquisadora da USP, depois de coletar as espécies e entrevistar os conhecedores e curadores índios (waikas) sobre a qualidade das mesmas, anunciou uma parceria com o laboratório Aché, objetivando a produção de remédios. "Em respeito às duas aldeias que apoiaram o trabalho da pesquisadora, a Associação Kapey resolveu convidar todos os envolvidos com a questão para obter explicações e tomar decisões futuras", explicou o indigenista, considerando o assunto muito sério.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.