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Após seis dias paradas, obras em usina devem ser retomadas hoje

FSP, Mercado, p. B4
24 de Mar de 2011

Após seis dias paradas, obras em usina devem ser retomadas hoje

Sindicato diz que parte dos pedidos dos operários foi atendida, mas consórcio não confirma
Pontos negociados incluem melhoria das refeições, novo plano de saúde e viagem aérea para visita a familiares

Felipe Luchete e Rodrigo Vargas

As obras da usina de Santo Antônio, no rio Madeira (RO), devem recomeçar hoje, após seis dias de paralisação.
De acordo com o o Sticcero (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Rondônia), os funcionários decidiram voltar ao trabalho depois que o consórcio responsável pela construção atendeu 6 das 20 reivindicações.
Entre os pontos já negociados, estão a mudança para um novo plano de saúde, a melhoria de todas as refeições, banheiros adequados e exclusivos para mulheres e transporte aéreo para visita a familiares dos operários.
Procurado pela Folha, o consórcio Santo Antônio não confirmou se aceitou o acordo. Na sexta-feira, disse que decidiu suspender as atividades por prevenção após os confrontos na usina de Jirau, também no rio Madeira.
Na segunda-feira, anunciou que as obras retornariam no dia seguinte.
Ontem, o consórcio afirmou que preferiu aguardar uma assembleia de funcionários -por isso havia adiado o retorno para hoje.

JIRAU

Ontem, o presidente do consórcio responsável por Jirau, Victor Paranhos, disse que uma parte dos trabalhos na usina já foi retomada em um setor menos afetado pelos conflitos da semana passada. A maior parte é feita por terceirizados.
Paranhos falou ainda que há como cumprir o cronograma originalmente previsto para a obra, que indicava a conclusão em 2013.
Antes do tumulto da semana passada, a direção da usina havia modificado o prazo para 2012.
A CUT diz que não há condições de trabalho no local.
Ontem, a movimentação no canteiro de obras era intensa. Além do trabalho de limpeza e de retirada de veículos incendiados na semana passada, dezenas de caminhões descarregavam equipamentos que ficaram retidos durante a confusão.
A Força Nacional de Segurança, que continua de prontidão no local, revistava todos que recebiam autorização para entrar no canteiro.
A Folha acompanhou a chegada de três ônibus com trabalhadores, que disseram estar alojados no canteiro da margem esquerda do rio (menos danificado pelos ataques). Nenhum operário confirmou estar trabalhando.
Na entrada do canteiro, quatro ônibus incendiados já haviam sido retirados. Em um prédio de apoio, funcionários repunham telhas quebradas na confusão.

FSP, 24/03/2011, Mercado, p. B4

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2403201111.htm

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