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Apesar da chuva, Cantareira cai para 9,2%; 4 reservatórios sobem

OESP, Metrópole, p. A30
27 de Nov de 2014

Apesar da chuva, Cantareira cai para 9,2%; 4 reservatórios sobem
Em dois dias, choveu 30% do esperado para o mês; nível do Guarapiranga aumentou 1,5 ponto porcentual

Edgar Maciel
Rafael Italiani

O temporal registrado entre a tarde de anteontem e a madrugada de ontem fez a capital superar a média de chuva esperada para o mês de novembro e elevou o nível de quatro reservatórios. O Sistema Cantareira, porém, caiu 0,1 ponto porcentual, de 9,3% para 9,2%, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a média de 128,4 milímetros de chuva prevista para novembro foi superada. Só entre a tarde de anteontem e a madrugada de ontem, choveu 30% do esperado para o mês.
A Represa do Guarapiranga foi a mais beneficiada. Com 69,6 milímetros de chuva, o reservatório que abastece 4,9 milhões de habitantes teve um aumento de 1,5 ponto porcentual, passando de 31,9% para 33,4%.
"Pode ter sido pouco. Mas muda bastante o cenário das margens. Chegou até a recuperar um lago que usamos como referência e estava seco", afirmou o empresário Paulo Rodrigues, de 55 anos, dono de uma marina em Interlagos, na zona sul. As rachaduras da seca foram ocupadas por água e o solo da margem ficou úmido.
Fazia dois meses que a Guarapiranga não registrava aumento. A última vez que isso aconteceu foi entre os dias 26 e 27 de setembro, quando o nível do manancial teve um avanço de 0,5 ponto porcentual.
No Alto Tietê o índice subiu de 5,7% para 5,8% após chuva de 32,5 milímetros sobre o reservatório. Os outros dois que subiram foram Alto Cotia, de 27,8% para 29,1% após 51,6 milímetros de chuva, e Rio Grande, de 63,1% para 63,8% - precipitação de 33 milímetros.

Esponja. Apesar dos 22,3 milímetros de chuva, o Cantareira caiu. "Como o Cantareira é o mais deficitário, a recuperação é mais lenta. Essas primeiras chuvas, mesmo sendo volumosas, vão apenas encharcar o solo e ajudar a recuperar a vegetação da região", explicou Adilson Nazário, técnico em meteorologia do CGE.
A recuperação do reservatório, que está na segunda cota do volume morto,com 105 bilhões de litros de água, ainda é mais lenta porque a seca criou uma espécie de efeito esponja no leito dos rios e no solo das represas que formam o manancial. A água que cai nos reservatórios é absorvida e apenas encharca o solo. / COLABOROU ISABEL FILGUEIRAS

OESP, 27/11/2014, Metrópole, p. A30

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