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Anistia Internacional destaca violência contra povos indígenas

Cimi
29 de Mai de 2008

A Anistia Internacional (AI), no seu relatório anual sobre os direitos humanos, divulgado dia 28 de maio, destacou a violência contra os povos indígenas dentre as diversas violações aos direitos humanos praticadas no Brasil em 2007. A publicação apresenta casos de assassinatos de indígenas, de exploração de mão-de-obra escrava em canaviais e de perseguição de lideranças.

Assassinatos

No documento, a Anistia afirma que "ativistas rurais e povos indígenas que realizam campanhas por acesso à terra foram ameaçados e atacados por policiais e por seguranças privados."

O relatório cita os casos dos Guarani Kaiowá Xurete e Ortiz Lopes, no Mato Grosso do Sul, como exemplos de assassinatos em conflitos fundiários. Ainda em relação ao Mato Grosso do Sul, o levantamento destaca a exploração dos Guarani Kaiowá como mão-de-obra escrava em canaviais no estado. Em 2007, em duas operações do Ministério do Trabalho, foram libertados 980 indígenas, a maioria destes era Guarani.

Além dos impactos sociais causados pela expansão do setor canavieiro, dentre as causas dos conflitos fundiários, estão: a expansão de outras monoculturas como soja e eucaliptos, a extração ilegal de madeiras, a mineração e projetos de infra-estrutura, como a construção de represas e o projeto de Transposição do rio São Francisco.

Perseguição

A Anistia também apresentou casos, no relatório, de perseguição aos defensores dos Direitos Humanos. Dentre estes, destacou a situação do cacique Marcos Luidson, do povo Xukuru (Pernambuco), que, após receber ameaças, precisou receber proteção policial. Entre os Xukuru, diversas lideranças, além de perseguidas, são criminalizadas.

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