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Anistia Internacional cobra do Brasil efetiva defesa dos direitos humanos

O Globo, O País, p. 14
24 de Mai de 2012

Anistia Internacional cobra do Brasil efetiva defesa dos direitos humanos
Relatório criticou a falta de posição do país no Conselho de Segurança da ONU

Juliana Dal Piva
juliana.piva.rpa@oglobo.com.br

A Anistia Internacional divulgou ontem seu relatório anual sobre a situação de direitos humanos no mundo. No documento, a organização cobrou que países emergentes como o Brasil utilizarem seu espaço político e econômico conquistado no cenário mundial para cobrar ações efetivas em defesa dos direitos humanos. A anistia criticou, por exemplo, a falta de apoio dada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU para evitar ações efetivas contra o regime de Bashar Al-Assad, na Síria.
- Um dos maiores desafios do Brasil hoje é como o país vai se posicionar. E tem que sair do muro nas questões do Oriente Médio e também se expressar em outras situações - afirmou o diretor-executivo do escritório recém-inaugurado da Anistia no Brasil, Atila Roque.
O relatório elogiou a criação da Comissão da Verdade e o trabalho das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio, mas fez um apanhado geral da violência no ano passado. A Anistia optou por iniciar o capítulo "Américas" citando o assassinato da juíza Patrícia Acioly, em São Gonçalo.
- Escolhemos destacar o assassinato da Patrícia porque não é todo dia que uma juíza é morta e não é sempre que um crime se mostra de maneira tão exemplar - explicou o diretor-executivo.
Do ano passado, também foi ressaltado o drama vivido por 1.200 famílias do povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, vivendo às margens das estradas a espera da demarcação das terras indígenas. E também na questão do campo, os assassinatos dos ativistas ambientais José Cláudio Ribeiro da Silva e sua esposa, Maria do Espírito Santo, em maio, por pistoleiros no Pará. Outra menção foi feita à execução do líder rural Adelino Ramos.

O Globo, 24/05/2012, O País, p. 14

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