VOLTAR

Amazônia: desmatamento no Amazonas cai 76% em janeiro, aponta Imazon

BNC Amazonas - bncamazonas.com.br
Autor: Iram Alafaia
21 de Fev de 2024

Os dados, obtidos por imagens de satélite, foram divulgados nesta quarta-feira (21).

O Amazonas registrou queda na taxa de desmatamento de 76% entre janeiro de 2023, quando foram derrubados 21 km² de floresta, a janeiro deste ano com 5 km² de área devastada. Os dados, obtidos por imagens de satélite, foram divulgados nesta quarta-feira (21) pelo Imazon.

Para se ter ideia, de agosto de 2022 a janeiro de 2023, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o desmatamento no estado alcançou 679 km².

De agosto de 2023 a janeiro de 2024, ou seja, no atual governo de Lula da Silva, houve desmatamento em 262 km² de floresta, uma queda de 61%.

Em janeiro de 2024, a Amazônia Legal registrou queda na taxa de desmatamento de 60% comparado ao mesmo mês do ano passado. A redução, a décima consecutiva, passou de 198 km² para 79 km².

Roraima (40%), Mato Grosso (24%), Pará (18%), Rondônia (8%), Amazonas (6%) e Maranhão (4%) foram os estados com as maiores taxas de devastação.

A pesquisadora do Imazon Larissa Amorim disse que a liderança de Roraima no ranking de janeiro provavelmente ocorreu pelo fato do regime de chuvas no estado funcionar de forma "inversa" aos outros oito que compõem a região.

"Enquanto os outros passam por um período de chuvas, Roraima está com o clima mais seco, o que facilita a prática do desmatamento, assim como a detecção da destruição pelos satélites".

Terra ianomâmi
O Imazon diz que das dez terras indígenas mais desmatadas na Amazônia em janeiro, seis ficam em Roraima, sendo cinco com territórios exclusivamente no estado e uma com parte da área no Amazonas.

É preciso aumentar urgentemente as garantias de proteção desses territórios, principalmente os que já vêm recorrentemente aparecendo nos nossos alertas de desmatamento. Esse é o caso da terra ianomâmi, que apareceu entre os dez territórios indígenas mais desmatados em 2023 e, em janeiro deste ano, ficou em segundo lugar, disse Larissa.

Outro problema é quanto às unidades de conservação. Pará e Amazonas são os estados que concentram o maior número de territórios entre os dez mais desmatados no mês.

A pesquisadora se refere a três unidades no Pará, incluindo a líder do ranking, a área de proteção Triunfo do Xingu, e três no Amazonas.

No estado, estão na relação as áreas ambientais Caverna do Maroaga, em Presidente Figueiredo, Margem Direita do Rio Negro e Serra do Aracá.

Desmatamento zero
Apesar do resultado, o Imazon alerta que foram derrubados 250 campos de futebol por dia de floresta e foi maior do que as registradas no mesmo mês de anos como 2016, 2017 e 2018.

Para reduzir ainda mais a derrubada e chegarmos à meta de desmatamento zero em 2030, que é prioritária para o Brasil reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, é essencial continuar investindo em fiscalização e fortalecimento dos órgãos ambientais, afirmou a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.

Para ela, é necessário fazer ainda destinação de florestas públicas para criação de novas áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação.

Foto: Kamila Supiyad/Ipaam

https://bncamazonas.com.br/municipios/amazonia-desmatamento-no-amazonas…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.