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Amazonas está fora do modelo

Jornal do Commercio-Manaus-AM
Autor: Gilbernilson Oliveira
16 de Set de 2004

O novo modelo energético apresentado pelo governo federal não contemplou os sistemas de energia isolados nos Estados do Amazonas, Amapá e Roraima. A nova proposta do governo prioriza apenas os sistemas energéticos integrados. Desse modo, o Amazonas perde a oportunidade de alocar investimentos dos recursos federais na expansão da energia elétrica do Estado.

O presidente da Manaus Energia, Willamy Frota, destacou os benefícios que o Amazonas teria caso fosse contemplado no novo modelo de energia. "Teríamos a garantia de fornecimento de energia elétrica, economia de abastecimento, entre outras melhorias no setor", disse.

Frota ainda tem a expectativa que o Amazonas seja incluso no modelo energético do governo federal até 2005. "Está sendo discutido em Brasília a inclusão dos sistemas isolados de energia elétrica para que possamos ter melhorias nessa atividade em curto, médio e longo prazo", informou.

Para aumentar a capacidade de abastecimento energético no Amazonas o governo federal está viabilizando estudos para a integração do Estado à usina de Tucuruí, no Pará. A integração energética do Amazonas deverá ocorrer após a implantação do gasoduto de Urucu.

Frota comentou que o aproveitamento da energia de Urucu e a integração energética do Amazonas, atualmente, são as duas principais alternativas para o desenvolvimento energético do Estado.

"Os dois sistemas de energia são importantes. No meu entendimento essas duas alternativas devem ser implantadas em conjunto, assim, poderemos ter a integração junto com a viabilização do gás de Urucu", explicou.

Distinção

O governo federal preferiu alocar recursos apenas para Estados que possuem sistemas energéticos integrados, o que não é o caso do Amazonas.

Demanda do Estado é crescente

A implantação de um novo sistema energético no Amazonas é considerado o meio mais eficiente para atender a crescente demanda do Estado, que hoje está em torno de 700 megawatts de potência, número 10% superior ao consumo do ano passado.

Para evitar problemas de abastecimento, a Manaus Energia estará inaugurando ainda este ano uma usina emergencial de 72 megawatts de energia, numa das áreas da empresa, que permitirá a oferta de 880 MW. "A partir desse investimento teremos uma reserva de 20% no setor energético da cidade", informou Willamy Frota, presidente da empresa.

Na Zona Leste, a mais populosa da cidade, serão implementados 19 mil volts de energia para atender cerca de 30 mil novos consumidores dessa localidade. Atualmente, a discussão sobre a busca de alternativas para o desenvolvimento do setor energético está tendo prioridade em todo o país.

Na manhã de ontem, como parte da programação da 2ª Feira Internacional da Amazônia, a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) realizou o workshop de energia que aconteceu no auditório do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Os principais temas tratados foram a crítica ao novo modelo energético do governo e a necessidade de novas alternativas de energia para o Amazonas.

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