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Algodão transgênico será destruído

OESP, Vida, p. A21
22 de Jun de 2006

Algodão transgênico será destruído
CTNBio estabelece regras para acabar com mudas pirateadas

Lígia Formenti

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) preparou um parecer que põe fim a um impasse sobre o destino que deve ser dado a mudas-pirata de algodão transgênico. A questão foi avaliada em caráter de urgência pela CTNBio a pedido do Ministério da Agricultura que, depois de encontrar plantações irregulares, queria saber qual seria a melhor forma de descarte para preservar o meio ambiente. Esta é a primeira vez que a CTNBio faz análises desta natureza.

Ontem, o parecer foi finalizado: pela recomendação da CTNBio, mudas novas deverão ser destruídas com o uso de um herbicida desfolhante. E depois, arrancadas do solo, mecanicamente. As plantas mais maduras, já com sementes, devem ser retiradas do solo, destruídas e enterradas numa vala profunda. A área plantada deve ficar seis meses em observação, prorrogáveis por mais tempo. E, na próxima safra, produtores não poderão plantar algodão na área.

Fiscais do Ministério da Agricultura encontraram 40 fazendas com plantações de algodão de espécies transgênicas não liberadas no País nos Estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás. A área plantada estimada é de 18 mil hectares. "Queimar todo o material poluiria o meio ambiente. Esta foi a solução mais segura encontrada por especialistas", afirma o presidente da CTNBio, Walter Colli.

O Brasil vem enfrentando um aumento do plantio de sementes transgênicas irregulares de algodão, num processo parecido com o que ocorreu com a soja transgênica. No País, já está liberado o plantio de uma espécie de semente, a Bollgard. As plantações encontradas usaram sementes de outras espécies.

OESP, 22/06/2006, Vida, p. A21

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