Tamanho: 30.71 MB | Formato: PDF
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GNL00004
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294
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2021
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Naviraí
O livro parte da tese de que o espaço em que foi criado o Parque Nacional do Iguaçu é parte essencial do território Guarani e, portanto, caberia ao estado brasileiro a desafetação da área como unidade de conservação de proteção integral e sua demarcação como terra indígena. Para verificar a tese, o autor examina os movimentos de colonização ibérica sobre os territórios então dominados pelos Guarani no início do século XVI, os processos de colonização sobre os territórios Guarani promovidos pelos estados nacionais latino-americanos, a reação imperial da guerra da tríplice aliança, e os impactos causados pelo reservatório da usina de Itaipu. Analisa as relações entre os atores envolvidos no conflito, suas concepções territoriais, suas territorialidades e o direito. Investiga os contextos de criação e desintrusão do Parque Nacional do Iguaçu, bem como suas consequências aos Guarani; identifica qual a contradição entre a territorialidade Guarani e o modelo moderno de proteção à natureza simbolizado pelo parque; e analisa como a superação do conflito pode se fundamentar juridicamente nos direitos coletivos.