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Mercury exposure in Munduruku indigenous communities from Brazilian Amazon: methodological background and an overview of the principal results.

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Apresenta os principais resultados de uma análise integrada e multidisciplinar dos parâmetros de saúde e avaliar os níveis de exposição ao mercúrio (Hg) em populações indígenas na Amazônia brasileira. Foi realizado um estudo transversal com base no censo de três aldeias indígenas munduruku (Sawré Muybu, Poxo Muybu e Sawré Aboy), localizadas na Terra Indígena Sawré Muybu, entre 29 de outubro e 9 de novembro de 2019. A investigação incluiu: ( i) caracterização sociodemográfica dos participantes; (ii) avaliação de saúde; (iii) análise de polimorfismo genético; (iv) determinação de mercúrio no cabelo; e (v) determinação de mercúrio em peixes. Os níveis de mercúrio (197 amostras de cabelo) variaram de 1,4 a 23,9 μg / g, com diferenças significativas entre as aldeias. Em média, a prevalência geral de exposição ao Hg ≥ 6,0 µg / g foi de 57,9%. Para participantes ≥12 anos de idade, a exposição ao Hg ≥6,0 µg / g foi mais proeminente na aldeia Sawré Aboy. Para mulheres em idade fértil, a exposição ao Hg ≥6,0 µg / g foi associada com hipertensão, com gravidez e foi mais proeminente entre os residentes nas aldeias de Poxo Muybu e Sawré Aboy. Os resultados sugerem que a exposição crônica ao mercúrio causa efeitos nocivos às comunidades indígenas estudadas, principalmente considerando grupos vulneráveis ​​da população, como as mulheres em idade reprodutiva. Os autores propõem acabar com a mineração ilegal nessas áreas e desenvolver um plano de gestão de risco que visa garantir a saúde, a subsistência e os direitos humanos dos povos indígenas da bacia amazônica.