Marches captifs et dette fictive, le caoutchouc en Amazonie Bresilienne Occidentale.

Traducao do titulo: Mercados Cativos e Divida Ficticia - A Borracha na Amazonia Ocidental Brasileira.Comentario sobre o sentido do movimento seringuerio - no Acre - (estudo para o Projeto: Expansao da fronteira agricola na Amazonia). O sistema de endividamento que sustenta uma analise da relacao seringueiro X patrao e importante, mas secundaria. E o mercado cativo que fundamenta a constituicao das relacoes sociais e economicas nas cabeceiras dos rios (Alto Jurua, Amonia, Baje e Envira, especificamente AIs Kampa, Jaminawa-Arara). O seringueiro que vive nas estradas de seringa esta excluido da esfera comercial comum: trocas sem moeda perpetuam sua condicao de cativo. O patrao dispoe do controle exclusivo dos meios de circulacao dos produtos necessarios a sobrevivencia do seringueiro de modo a este garantir sua atividade produtiva. A ficcao comercial se da nesta relacao: o patrao vende os bens de consumo ao fregues que por sua vez vende a borracha ao patrao. E uma pseudo relacao comercial que encobre a apropriacao vantajosa do patrao e origina uma divida imaginaria baseada nao no valor comercial dos produtos em questao mas no nivel de produtividade do fregues.Na segunda parte, o movimento seringueiro nao desperta como resposta vinda de dentro dos seringais contra o sistema do pai-patrao. Surge aliado a dois movimentos exteriores aos seringais: primeiro, a chegada dos paulistas que transformam seringais em pastos com o aval do patrao que entrega suas terras e esquece que nelas habitam os seringueiros; segundo, o movimento ecologico internacional que defende a floresta. O seringueiro passa a incorporar, neste caso, um discurso e uma imagem construida para eles. O movimento seringueiro nao cresceu do conflito que opoe fregues X patrao. A relacao de ambos se sustentava na falsa nocao de dependencia pessoal que preservava a ficcao de um reconhecimento mutuo de sua pessoa.