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La Amazonia, el debate entre conservacionismo e desarrollismo: algunasconsideraciones antropologicas y geopoliticas.

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Descreve e analisa o processo de ocupacao da Amazonia venezuelana iniciado em 1969 e conhecido naquele pais como a "Conquista del Sur". O projeto foi gerido pelos seguintes orgaos: Direccion de Fronteras del Ministerio de Relaciones Exteriores, Comission para el Desarrollo del Sur (CODESUR) e Instituto Agrario Nacional (IAN). Com relacao as comunidades indigenas da area, as equipes indigenistas desses orgaos (IAN e CODESUR) promoveram dotacoes coletivas de terra, baseadas na Ley de Reforma Agraria, cujo resultado foi o recorte do territorio de ocupacao de varios povos em pequenas ilhas. Mais tarde (1981), foram desarticuladas as diferentes oficinas indigenistas que funcionavam no interior do aparelho de estado durante a decada de 70 e os titulos expedidos pelo IAN foram invalidados. Neste quadro, avalia a autora, que, ate 1979, o estado venezuelano parecia possuir um projeto proprio para a utilizacao dos recursos de seu espaco amazonico, concentrando esforcos na exploracao do ferro na margem sul do Orinoco, ao passo que as florestas mais ao sul, em particular o Territorio Federal Amazonas, se destinavam a investigacao ecologica e a elaboracao de politicas ambientais. O "Plano de Ordenamiento y Zonificacion" do Ministerio do Ambiente foi o dispositivo utilizado para a demarcacao de parques e reservas. Aparentemente positivo, este plano, na pratica, nao foi suficiente para conter a entrada desordenada de garimpeiros tampouco para refrear o interesse de grupos economicos do norte do pais em explorar os recursos minerais da regiao. Alem disso, uma grande campanha veiculada pelos meios de comunicacao viria, a partir de 1984, a "criminalizar" todas as iniciativas de apoio aos direitos indigenas, associando-as a guerrilha e ao trafico de drogas, fato que resultaria na aplicacao da doutrina de seguranca nacional as questoes indigenas em areas de fronteiras. Condizente a esta tendencia teria sido a participacao da Venezuela no encontro dos presidentes dos paises da bacia amazonica, realizado em Manaus em maio de 1989, onde produziu-se um documento em que esses paises declaram que a exploracao de seu espaco amazonico e soberana, descartando toda interferencia externa vinculada a emprestimos para finaciamento de programas de desenvolvimento. Nesse sentido, a autora aponta a afinidade da postura do estado venezuelano com a posicao do Brasil, suposto artifice da Declaracao de Manaus.