GM, Rede Gazeta do Brasil, p. B14
06 de Abr de 2004
Zoneamento da costa identificar potencial pesqueiro
Estudo aponta os locais para investimentos geradores de emprego e renda, além da preservação ambiental. O Maranhão já dispõe de base técnico-científico para utilizar melhor seu potencial da pesca. O Zoneamento Costeiro o irá desenvolver a Política de Desenvolvimento Sustentável. O estudo foi feito pelo governo estadual por meio da Gerência de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação e a Fundação Sousândrade, Universidades Estadual e Federal do Maranhão.
Com o Zoneamento, foi possível identificar os locais mais propícios para novos investimentos geradores de emprego e renda, tendo como prioridades os princípios da conservação e preservação ambientais. Um dos principais alvos desse projeto é estimular, entre outros produtos, a produção do pescado e do camarão para o abastecer os mercados internos e externos, como alternativa econômica viável, promissora para o estado.
Equiparando-se ao Equador, um dos maiores produtores mundiais, estudos preliminares revelam o Maranhão como estado mais propício para o desenvolvimento da cultura de camarão, em toda a região Nordeste. Trezentos mil empregos somados a um US$ 1 bilhão na balança de pagamento representam a concretização desse projeto já em andamento.
Cultivo do camarão
O potencial do Maranhão na área da aqüicultura se justifica por vários fatores. Com 640 quilômetros de costa atlântica (a segunda a nível nacional), o estado possui mais de 50% (cinqüenta por cento) do manguezal litorâneo, 200 mil pescadores artesanais e condições ecológicas favoráveis para se transformar no maior pólo nacional de carcinicultura e um dos mais importantes do mundo.
A zona costeira a ser investigada abrange cerca de um milhão de hectares. Ainda que apenas l0% dessa área seja propícia ao cultivo de camarões, o estado ainda iria dispor de 100 mil hectares para a carcinicultura (área quase dez vezes maior que a explorada no Brasil), o que representa US$ 300 milhões por ano.
Capital norueguês
Os rendimentos auferidos também vão permitir criar novas alternativas econômicas para a pesca artesanal predatória estuarina, por meio da associação de pequenos pescadores em economia de escala para o cultivo do camarão. Uma associação positiva de interesses também é extensível aos empreendimentos individuais de pequeno porte (até 10 hectares), em convívio harmônico com grandes investidores, o que facilitará o desenvolvimento rural sustentável.
Um grupo de investidores da Noruega esteve no Maranhão para avaliar o potencial para o setor pesqueiro e de aqüicultura. Eles foram conhecer a cidade de Barreirinhas, na região dos Lençóis Maranhenses. O objetivo é saber que tipo de investimento em piscicultura é mais indicado na região.
Fazendas submersas
Na equipe que visitou o projeto, estavam Celma Regina Hellebust, membro do Conselho da Câmara do Comércio Brasileira em Oslo. Ainda estava presente Sandbakken, consultor de aqüicultura. Para Sandbakken, após esta avaliação é que será possível, por exemplo, saber se nas regiões visitadas, é preferível fazer fazendas de criação de alevinos ou de engorda de peixes, além de especificar as espécies que melhor se desenvolvem.
Em Barreirinhas, a equipe passou pelos povoados Mandacaru e Caburé, além de conhecer de perto a experiência de piscicultura em União Andiroba. Existe um projeto piloto na comunidade que começa a mostrar seus resultados. Após as visitas será feito um relatório, onde os resultados serão levados aos investidores na Noruega. Com isto, eles poderão ter informações seguras.
kicker: Objetivo é estimular produção do pescado e camarão no estado
GM, 06/04/2004, Rede Gazeta do Brasil, p. B14
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