Estado de Minas (Belo Horizonte - MG)
29 de Set de 1988
Depois de 60 horas de trabalho, o juiz federal Antônio de Paula Oliveira pôs fim ao debate entre os advogados de defesa e acusação do caso da Chacina de Xakriabá, quando o Conselho de Sentença se reuniu para definir a sorte do grileiro Francisco de Assis Amaro e dos outros quatro pistoleiros. A previsão é que todo o julgamento se encerre na madrugada de hoje.
A arma mais usada, principalmente dos advogados de defesa, durante o debate, foi a retórica. O advogado de acusação da Funai, porém, se valeu de uma série de depoimentos das testemunhas de defesa, nos quais todas afirmavam que sabiam ter sido Amaro e os pistoleiros os responsáveis pela morte dos três indígenas, além de um trecho do recurso extraordinário apresentado ao Supremo Tribunal de Recursos pelo advogado de defesa, no qual reconhece textualmente a autoria do crime por parte dos cinco acusados.
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