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WWF-Brasil e Frepesp comemoram resultados da conservação voluntária em terras privadas paulistas

WWF - http://www.wwf.org.br
18 de Nov de 2015

Evento na Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo contou com o apoio do WWF-Brasil e ofereceu palestras, mesa de debates e conteúdos relevantes para proprietários de RPPN, conservacionistas e ainda celebrou conquistas dos últimos três anos de gestão da Frepesp. Três novas RPPNs foram criadas e o 2o Edital de Pagamentos por Serviços Ambientais Exclusivo para RPPNS foi anunciado pela Fundação Florestal.

O evento RPPNs Paulistas: o que o governo e a sociedade civil têm feito pela conservação voluntária? foi recheado de boas notícias. A agenda foi composta por diversas palestras e debates com temas de relevância para proprietários de Reservas Privadas do Patrimônio Natural (RPPN), conservacionistas e ONGs que apoiam a conservação voluntária em terras privadas. Mais de cem pessoas estiveram presentes no auditório Augusto Ruschi da Secretaria do Meio Ambiente em São Paulo no último dia 4 de novembro para conferir o que o governo, sociedade e empresas têm feito pelas RPPNs paulistas.

O evento teve apoio do WWF-Brasil que abriu o ciclo de palestras apresentando o Diagnóstico das RPPNs Paulistas estudo realizado pelo próprio WWF-Brasil em parceria com a Frepesp (Federação de Reservas Ecológicas do Estado de São Paulo) com o objetivo de conhecer detalhadamente as RPPNs do estado mais rico e populoso do Brasil, bem como suas ameaças, pressões e seus principais desafios. Daniel Venturi, Analisa do Programa Mata Atlântica do WWF-Brasil, falou sobre importância das RPPNs para a conservação da Mata Atlântica. "As RPPNs cumprem um papel fundamental na conservação de biomas como a Mata Atlântica, por exemplo, onde cerca de 80% do que ainda resta está nas mãos de proprietários privados", afirmou Daniel. "A Mata Atlântica é considerada pela rede WWF um dos hotspots mais importantes do planeta e também um dos mais ameaçados"

Uma das principais ameaças elencadas pelos proprietários durante o Diagnóstico das RPPNs Paulistas, realizado em 2013, foi a falta de apoio às ações de proteção e monitoramento. Justamente para melhorar esse ponto que foi desenvolvido o SIM-RPPN, Sistema Integrado de Monitoramento de Unidades de Conservação voltado a RPPN, inciativa da Coordenadoria de Fiscalização Ambiental (CFA), Polícia Militar Ambiental (PAmb) e Fundação Florestal com objetivo de apoiar a proteção e executar ações de fiscalização e monitoramento dos crimes e infrações ambientais nas RPPNs. Durante o evento, foram apresentados os avanços do SIM-RPPN mostrando que 50% das RPPNs paulistas já possuem Planos de Apoio a Proteção e Fiscalização Ambiental. A inciativa é inédita e pode servir de referência para outros estados no Brasil.

Já no período da tarde, outra palestra relevante foi a fala do Laércio Machado de Souza, presidente da Confederação Nacional das RPPN (CNRPPN). Ele falou sobre a sua história pessoal e deu um panorama de atividades da Confederação em prol das RPPNs e dos seus proprietários. Ele falou também sobre a sua atuação à frente da Associação de Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural do Mato Grosso do Sul (REPAMS), instituição também parceira do WWF, - as lições aprendidas e o que está sendo levado para a CNRPPN.

Uma das últimas palestrantes foi a chilena Fernanda Romero, representante da Reserva Altos da Cantillana e da Organização ASI Conserva Chile. Ela falou sobre as experiências bem sucedidas da conservação em terras privadas do seu país e das ações desenvolvidas em parceria com WWF-Chile..

Novas RPPNS e incentivos a conservação

Antes de acabar o evento, os participantes ainda foram presenteados com boas notícias para o cenário do movimento RPPNista e da conservação voluntária. O Diretor da Fundação Florestal anunciou a criação de mais três RPPNs no Estado de São Paulo. A propriedade Santa Rita de Cássia com 38,33 hectares protegidos, em São Luiz do Paraitinga; a propriedade Guainumbi, com 128 hectares, na cidade de Queluz; e a Fazenda Catadupa com 38,18 hectares, em São José do Barreiro.

Outra grande notícia foi o anúncio do segundo Edital de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Governo do Estado de São Paulo. O edital vai selecionar e remunerar RPPNs localizadas nas Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI) do Alto Tietê, Mantiqueira, Rios Paraíba do Sul e Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) dentro do território paulista, para o pagamento por serviços ambientais comprovadamente prestados à sua conservação, por um período de cinco- anos.

As palavras finais foram do conselheiro jurídico da Frepesp, Flávio Ojidos, que parabenizou todos os presentes pelos esforços em prol da conservação em áreas privadas. Ojidos aproveitou a ocasião para prestar as homenagens da Frepesp a todos os conservacionistas. Além de entregar uma homenagem especial ao biólogo paulista Claudio Martins, proprietário da RPPN Meandros I, II e III por todas as contribuições feitas na gestão da entidade de 2013 a 2015.

Portal da FREPESP
FREPESP no Facebook (https://www.facebook.com/frepesp/?fref=ts)

Sobre RPPNs
O que é uma RRPN?
Dia Nacional da RPPNs
Frepesp e WWF-Brasil apresentam avanços na conservação das RPPNs de São Paulo

Mais informações sobre o PSA para RPPNs

SerraChamada Pública - 02/2015/CAP/RPPN
SMA aprovao 1o plano de manejo de RPPNs
SerraFacebook -Fiscalização Ambiental das Àreas Protegidas

http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?49…

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