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Waiwais visitam sede da Sesai em Brasília

Sesai - http://portal.saude.gov.br/
25 de Mar de 2011

Na terra indígena Trombetas-Mapuera, localizada no município de Oriximiná, no oeste paraense, próximo à divisa com o Suriname e a Guiana, vive o povo Waiwai. A localização geográfica desta etnia exemplifica o tamanho do desafio de levar a atenção primária à saúde indígena. "Para garantir o direito à saúde, assegurado pela Constituição 1988, das 220 nações que habitam em território nacional precisamos entender que mais que vencer distâncias, respeitar as características de cada etnia é fundamental. Estamos estruturando a secretaria para trabalhar desta maneira. Assim será com os Waiwai e em todos os 34 Dseis (Distrito Sanitário Especial Indígena)", explicou Irânia Ferreira Marques, diretora do Departamento de Atenção à Saúde Indígena (DASI), da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

E justamente para compreender como é a gestão da Saúde Indígena e garantir os direitos assegurados por lei, que líderes Waiwai estiveram na sede da Sesai, no Ministério da Saúde, em Brasília (DF), acompanhados pelo defensor público do Estado do Pará, Mário Luiz Printes. "Há vários anos acompanho os Waiwai. E muito precisa ser feito pela saúde desta gente", afirmou Printes.

Pedidos

Eliseu Waiwai, cacique geral, falou à representante da Sesai sobre a necessidade de finalizar a obra de tratamento de água na aldeia, como extrema urgência. Além disso, solicitou que haja melhorias nos Polos Base. "Nossa gente precisa de um atendimento melhor. Queremos um intérprete para acompanhar as consultas e mais agentes para fazer o exame da malária".
Irânia Marques explicou ao cacique sobre os processos burocráticos que fazem parte de qualquer trâmite do trabalho público, mas garantiu que "a gestão da saúde da nação Waiwai vai melhorar". Irânia assegurou que todas as solicitações terão encaminhamento imediato e apresentará respostas e soluções ainda no primeiro semestre. "Entendemos situações de extrema necessidade, mas ao mesmo tempo, já sugiro que o Conselho Local de Saúde Indígena se reúna rápido. Além das questões imediatas é primordial apresentarmos propostas de ações para os próximos dois anos".

Soro liofilizado

O segundo cacique Roberto Carlos Waiwai fez uma solicitação que faz parte de um grande debate na área da saúde no País. "Queremos ter soro liofilizado para nossa gente. Muito índio não consegue chegar ao posto de saúde para receber o soro. Vivemos num lugar muito distante", solicitou.
A Organização Mundial da Saúde recomenda aos países tropicais que adotem esse tipo de soro em vez da forma líquida. E a Sesai está atenta a esta questão. "Amanhã temos uma enfermeira sanitarista que irá participar do Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. Espero que em breve possamos ampliar o uso deste soro em todo o País", respondeu Irânia Marques.

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