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Video ajuda a campanha contra AIDS entre os índios Xavante

Site da Funai
08 de Mai de 2001

O vídeo Prevenção e Educação – DST/AIDS, de esclarecimento sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a aids, totalmente narrado na língua Xavante, vem sendo bem aceito nas comunidades indígenas e já e despertou o interesse dos Bororo e agora, mais recentemente, dos Xerente e dos Parentins.

Produzido pela Celva – Centro Etnoecológico Vale do Araguaia, com recursos do Ministério da Saúde, o vídeo foi gravado a partir de palestras para estudantes indígenas, realizadas nas aldeias de Xavantina, Barra do Garças, Água Boa e Paranatinga, no Mato Grosso.

A participação dos próprios índios foi importante para o sucesso da iniciativa que apresenta as doenças de forma explícita, mostrando claramente as diversas formas de manifestações das DST e da AIDS no organismo. O índio enfermeiro Lino Tsereubudzi e o professor indígena Lourenço Waané narram e apresentam as informações em Xavante. Lino faz um histórico de como a AIDS entrou no Brasil e chegou até as aldeias indígenas.

Mulheres Xavante participam do vídeo falando dos encontros entre os casais na Casa do Índio, dentro das aldeias e mostram a vulnerabilidade e riscos que o relacionamento nas cidades podem trazer para a comunidade indígena.

O vídeo

Como os índios dão importância e acreditam naquilo que podem ver, a ONG Celva utilizou o material do Ministério da Saúde e produziu álbuns de fotografia, mostrando como as pessoas ficam ao contraírem as doenças. Recomendações e explicações de um médico especialista e de um professor da universitário foram traduzidas. O vídeo mostra também como usar a camisinha e sua importância na prevenção das doenças.
A figura do padrinho para os jovens Xavante na passagem da adolescência para a fase idade adulta, quando podem casar-se, tem uma força cultural grande e foi aproveitada para dar a mensagem. Somente depois de passarem por uma série de rituais e festas de iniciação, sempre orientados pelos padrinhos, é que os jovens Xavante se tornam aptos a fazer sexo. O vídeo procura valorizar e respeitar a cultura indígena, daí ter priorizado a participação dos índios.

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