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Vereador entra com requerimento sobre extração de lambretas

Século Diário - http://www.seculodiario.com.br/
Autor: Any Cometti
15 de Ago de 2013

O vereador Serjão Magalhães (PSB) encaminhou à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória (Semmam), um requerimento de informações sobre as ações realizadas pela Prefeitura Municipal de Vitória para coibir a extração irregular do moluco conhecido como lambreta na Estação Ecológica Ilha do Lameirão. Para realizar o pedido, o vereador baseou-se em denúncias divulgadas por Século Diário, em maio deste ano. Serjão afirma que também tem recebido denúncias de moradores.

Há um prejuízo enorme na extração desse animal por baianos que cruzam a fronteira para extrair as lambretas nos manguezais de Vitória, após o sumiço do animal na Bahia. Hoje as lambretas são abundantes no ecossistema capixaba, mas podem ter sua população drasticamente reduzida, como aconteceu no estado vizinho, como relatou Serjão. O vereador relata que, segundo os moradores, os mesmos catadores foram vistos agindo novamente no fim do mês de julho.

No documento encaminhado pelo vereador, ele questiona quais os órgãos municipais que fiscalizam e coíbem a cata do marisco; se a Semmam tomou conhecimento das denúncias; se já identificou os catadores, e quais as providências tomadas.

Segundo a socióloga Viviane M. Chaia, o principal prejuízo é a forma predatória como a cata é feita, com uso de enxadas e facões que, ao extrair a lambreta, também depredam raízes de árvores e a cobertura arenosa da região.

A socióloga também aponta que os marisqueiros baianos estão ensinando os capixabas a fazerem esse tipo de extração irregular. Eles vendem o que conseguem extrair para os atravessadores do estado vizinho, responsáveis por transportar a carga, como uma forma de conseguir renda extra.

Viviane chegou a comparar a situação de vida dos marisqueiros que vêm da Bahia para realizar a extração às condições de trabalho dos canavieiros. Eles são alojados por atravessadores em uma casa de estrutura precária, no bairro Santo André.

A longo prazo, a relação poderá culminar em um problema administrativo na Estação Ecológica, como retrata Andrea Campos, administradora do local. Hoje, pescadores artesanais e catadores são autorizados a entrar na unidade e exercer seu trabalho, mas precisarão ser impedidos se o trabalho predatório continuar.

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