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Velho Chico ganha mais respeito e proteção da comunidade

Página 20
05 de Jun de 2005

Escorrendo por um trecho de cem quilômetros, as águas do igarapé São Francisco passam por uma área habitada por 259 mil pessoas nos municípios de Rio Branco e Bujari.

Lixo e entulho doméstico e industrial jogados às suas margens, que também sofrem com a derrubada da mata ciliar e os esgotos que poluem suas águas, são alguns dos desafios para a preservação deste que é um dos poucos mananciais de água capaz de ajudar no abastecimento da capital.

A criação da área de Proteção Ambiental (APA) do igarapé São Francisco cria mecanismos para a proteção permanente dos 30 mil hectares que se estendem ao longo de suas margens. Sua área de influência atinge 17 bairros de Rio Branco, onde vivem 253.059 pessoas e mais 5.826 no Bujari.

Levantamentos preliminares identificaram ali 29 espécies de mamíferos (cinco delas ameaçadas de extinção), 150 de pássaros e aves e 26 de anfíbios.

"A partir da criação da APA, estabeleceremos critérios de uso da área, sobretudo para evitar a instalação de empreendimentos que venham causar impactos negativos ao meio ambiente. Outra vantagem é a de que as famílias permanecerão vivendo ali como proprietárias de suas terras, poderão usá-las para gerar ocupação e renda nas áreas do ecoturismo, restaurantes, pousadas, acampamentos e o que mais lhes convier", explica Magaly Medeiros, gerente de zoneamento ecológico e econômico do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac).

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