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Vale e BNDES criam empresa para pesquisar energia limpa

OESP, Economia, p. B3
08 de Jan de 2008

Vale e BNDES criam empresa para pesquisar energia limpa
Investimento inicial da VSE é de R$ 220 milhões num período de 3 anos

Adriana Chiarini

A Vale do Rio Doce e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) formalizaram a abertura da Vale Soluções em Energia S.A. (VSE). Segundo a Vale e o BNDES, a nova empresa vai trabalhar no desenvolvimento de processos de produção de energia que não agridam o meio ambiente, sejam sustentáveis e também tenham fontes renováveis.

A Vale terá 51% do capital social, a empresa de participações do BNDES (BNDESPar) ficará com 44% e a empresa paulista Sygma Tecnologia, Engenharia, Indústria e Comércio participará da sociedade com 5%.

A VSE será, na prática, o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Energia (CDTE), que tem investimento inicial previsto de R$ 220 milhões em um período de três anos. A empresa terá sede no Rio de Janeiro, mas fisicamente ficará instalada no Parque Tecnológico de São José dos Campos, em São Paulo, conforme estatuto social divulgado na sexta-feira.

O programa de investimentos do CDTE prevê desenvolvimentos tecnológicos e pesquisas nas áreas de gaseificação de carvão térmico e de biomassa e produção de turbinas a gás e motores pesados multicombustíveis. Também estão previstos acordos de cooperação e convênios com universidades e instituições de pesquisa, como a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).

A empresa prevê também a contratação de uma equipe própria de cientistas e pesquisadores. Haverá, ainda, programas com apoio a pesquisas e concessão de bolsas de pós-graduação e cursos de especialização.

A previsão da Vale é que a nova empresa comece a operar no primeiro semestre de 2008. No fim do ano passado, o presidente da mineradora, Roger Agnelli, justificou a criação da empresa pelo fato de ser uma grande consumidora de energia elétrica.

A mineradora quer utilizar as novas tecnologias a serem desenvolvidas pelo centro para garantir seu abastecimento. Da parte do BNDES, o interesse se deve ao fato de esse tipo de investimento atender a três prioridades do banco: inovação, energia e ambiente, segundo uma fonte do banco.

OESP, 08/01/2008, Economia, p. B3

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