VOLTAR

União não quer proteção das Forças Nacionais a indígenas do MS

Jornal GGN- http://jornalggn.com.br
10 de Jul de 2014

A União recorreu contra decisão de manter policiais da Força Nacional de Segurança para proteger indígenas na Fazenda Santa Helena, em Caarapó, a 270 km ao sul de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O pedido do Ministério Público de policiamento preventivo foi acatado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).

Segundo o MPF, "é notório o embate existente nesta região de Dourados entre a polícia local (civil e militar) e indígenas", e que tornava necessárias as forças federais. Do outro lado, a União alegou que a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança não têm essa atribuição.

Mato Grosso do Sul é o estado que tem a segunda maior população indígena do país: cerca de 70 mil pessoas. Em contrapartida, apenas 0,2% das terras são indígenas. O estado que tem economia de base agropecuária, acumula 1,1 milhão de hectares de lavouras de soja e 425 mil de cana - correspondendo a, respectivamente, 10 e 30 vezes mais que a soma de todas as áreas ocupadas por índios. É lá que também existem os maiores índices de suicídio e violência contra essa população.

A Fazenda Santa Helena já era reivindicada como terra indígena. Mas a ocupação de 200 pessoas da comunidade Tey Kuê só ocorreu, de fato, depois do assassinado a tiros de um deles, o adolescente Denílson Barbosa, de 15 anos, enquanto pescava no interior da propriedade.

A Justiça da 1ª instância considerou que a intervenção das forças nacionais poderia "resguardar a integridade física e psicológica de índios e não índios na área em conflito". Mas a União recorre da decisão.

http://jornalggn.com.br/noticia/uniao-nao-quer-protecao-das-forcas-naci…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.